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CTA esclarece que “já não há bloqueio na exportação de feijão bóer”

Diante de diversas percepções que colocam em dúvida a verdade sobre a exportação de feijão bóer de Moçambique para a Índia, a Confederação das Associações Económicas (CTA) veio a público, esta terça-feira, esclarecer que o mercado está aberto a todos os agentes económicos interessados, apesar de estar a correr em tribunal um litígio entre duas empresas exportadoras.

O presidente da agremiação, Agostinho Vuma, reitera que o livre acesso às exportações de forma indiscriminada deve ser para todos os agentes económicos que se interessam pelo sector. Quando se trata de ferir o mercado, a preocupação tem que ser de todos nós, porque quando o mercado fecha, não vai fechar apenas para os litigiantes, vai fechar para todos nós.

Segundo o sector privado, a exportação a partir dos portos da Beira e de Nacala atingiu, este ano, 200 mil toneladas e está a decorrer, em geral, dentro da normalidade, havendo, neste momento, cerca de 40 empresas a exportar.

“Moçambique já atingiu a meta. Nós andamos preocupados a cerca de três semanas, quando estávamos a cerca de 60%, então com o despacho do ministro da economia e finanças foi possível tirar mais alguma produção. Neste momento, nas mãos dos nossos pequenos produtores não existe nenhuma produção, só existe em armazéns de um operador que faz parte deste conflito judicial”, disse Vuma.

Aliás, o presidente da CTA faz saber que o preço de compra do feijão bóer ao produtor subiu dos anteriores 12 para 50 meticais o quilograma.
Estamos perante uma transferência clara de rendimentos através desta que é a principal cultura de rendimento na província de Zambézia e de Nampula, abrangendo mais de um milhão de pequenos produtores”.

Nesta senda, a CTA apela a todas as autoridades administrativas a assegurar através de uma actuação isenta e responsável o cumprimento escrupuloso das decisões emanadas pelo tribunal administrativo da Cidade de Maputo e pelo ministro da Economia e Finanças respeitante a salvaguarda de todos interesses envolvidos na cadeia de produção e exportação de desta commodities agrícola.

No entender da Confederação, o litígio que está no tribunal entre duas empresas tem impacto negativo na reputação do país, mas condiciona o mercado como um todo.

 

 

 

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