O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) considera que o "perdão" da dívida de Moçambique na ordem de 15 milhões de dólares americanos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no período que vai de 14 de Abril a 13 de Outubro deste ano é um ponto positivo, à partida.
A posição é sustentada com o facto de a proposta do Orçamento do Estado para o ano 2020 prever cerca de 570 milhões de dólares só de serviço de dívida. Tal, irá aliviar de certa forma as contas do Estado moçambicano.
“Este perdão vai permitir libertar 15 milhões do serviço da dívida para outras rubricas, como podem ser a protecção social, suporte a Pequenas e Médias Empresas (PME) ou mesmo às necessidades do sistema nacional de saúde”, comentou em exclusivo ao “O País”, o presidente da CTA, Agostinho Vuma.
Na opinião da CTA, maior organização empresarial do país, o valor devia ser aplicado no pacote de mitigação dos efeitos da COVID-19, numa das rubricas acima mencionadas.
“Entretanto, prevejo que seja uma das decisões do FMI em apoio a Moçambique porque, a partir de já, esse perdão, reduz o endividamento de Moçambique junto àquela instituição, podendo abrir mais espaço de apoio”, sublinha ainda Agostinho Vuma.