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Criminalidade volta a assolar bairro da Malanga em Maputo

Roubos e assaltos fazem o dia-a-dia dos moradores do bairro da Malanga, ca capital moçambicana. Quase todos os moradores na Rua “Conjunto Djambo” têm uma história para contar sobre a actuação dos chamados amigos do alheio. Roubos em residências e na via pública ocorrem de dia e noite.

São episódios de violência que marcam a vida para quem reside na Rua “Conjunto Djambo” antiga Rua “Major Couto”.

Edna Manuel contou que foi assaltada na via pública, por dois homens munidos de armas brancas quando voltava da barraca da mãe.
Edna disse que deu dois meticais aos indivíduos, mas depois de receberem o valor anunciaram um assalto, com a faca apontada para Edna.

“Fiquei assustada. Perguntei “o que foi” e um dos supostos assaltantes disse “dá-me o telefone”. Tirei e entreguei e depois perguntou-me (o malfeitor) o que tinha na bolsa. Eu disse que não tinha nada a mais mas ele levou a bolsa, sacudiu e tirou-me tudo. Ali tinha dinheiro, eu vinha da barraca da minha mãe”, contou Edna Manuel.

Os moradores daquele bairro suspeitam que a onda de roubos é estimulada pela existência do mercado Malanga, que actualmente alberga muitos dos vendedores que vendiam nas bermas da Avenida 24 de Julho, e que foram retirados por conta da ponte Maputo-Katembe.

Para aqueles moradores o mercado alberga pessoas de conduta duvidosa. A insegurança tende a evoluir, chegou às residências e ninguém escapa. Os assaltantes segundo moradores entram nas casas em plena luz do dia e roubam preferencialmente botijas de gás, televisores, dinheiro, joias e outros bens.

Uma moradora que não quis revelar sua identidade, contou ao Jornal " O País" que teve o braço fracturado quando os amigos do alheio entraram em sua casa.

Mesmo a autoridade do bairro não escapa a acção dos malfeitores. O chefe do quarteirão foi também roubado em sua casa. "Também já tive esta situação, não sou excepção, já me assaltaram o carro, já me arroubaram a bateria, tentámos todos juntarmo-nos para encontrar uma solução".

No bairro existe o posto policial da Malanga, recentemente instalado, depois de remodelado e reequipado, entretanto os moradores dizem que os agentes da polícia não os protegem.

Contactado o Comando da PRM na Cidade de Maputo, prometeu abordar o caso já esta segunda-feira.

 

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