Os cristãos reiteram que o diálogo é a única solução para a pacificação do país e sugerem que haja muita humildade por parte dos dirigentes, a pensar no povo moçambicano
A preocupação em relação ao actual cenário que o país atravessa, marcado por protestos pós-eleitorais, vem de todos os lados. Os cristãos também se fazem ouvir, apontando o diálogo como a melhor solução.
Segundo os crentes, como Maria Hermínia e Joaquim Caré, só pode existir diálogo se houver humildade entre os dirigentes.
A crente Maria Hermínia entende que a solução para a busca da paz e harmonia deve ser preocupação de todos.
Os cristãos condenam os actos de violência que se têm registado em todo o país.
No entanto, este domingo, algumas igrejas, na cidade de Maputo, iniciaram os cultos mais cedo do que o habitual, devido à paralisação dos transportes públicos na sequência dos protestos pós-eleitorais. Por exemplo, na igreja presbiteriana, o culto iniciou às 7h00 e terminou às 8h00.
O cenário foi de portas fechadas. Nada indicava que, na igreja presbiteriana, no centro da cidade de Maputo, houve culto este domingo.
Na Sé Catedral de Maputo, centro da cidade de Maputo, o cenário foi diferente. Alguns crentes marcaram presença no culto das 10h00. Oraram por si, mas também pela paz no país, conforme disse Padre António Maria.
Os dias já não são iguais na Igreja Assembleia de Deus, na baixa da cidade de Maputo. O culto deste domingo aconteceu, mas no meio de muita anormalidade na sequência do momento em que o país atravessa, explicou o pastor Dani Sumbane.
Só adorando a Deus, entendem os líderes religiosos, é que se pode viver num ambiente de paz.
Houve até quem saiu para igreja, sem saber que não haveria culto. Ainda assim, conseguiu alcançar o seu objectivo.
A Mesquita Central de Maputo, na baixa da cidade, registou um número reduzido de crentes. Sem gravar entrevista, os responsáveis explicaram que tem enfrentado dias difíceis e equacionam a possibilidade de encerrar as portas até que a situação se normalize.