A Suiça decidiu acusar a Credit Suisse de branqueamento de capitais em caso relacionado com as dívidas ocultas. O facto está relacionado a pagamentos indevidos feitos a funcionários daquele banco para facilitarem a aprovação do Crédito que resultou em Dívidas Ocultas.
Depois dos Estados Unidos da América e do Reino Unido, agora é a vez da Suíça procurar penalizar o banco Credit Suisse por práticas criminosas no processo de aprovação e disponibilização de mais de 2.2 mil milhões de dólares para financiar a EMATUM, ProÍndicus e MAM.
Para o efeito, as autoridades suíças acusaram um antigo funcionário do Credit Suisse, integrado no UBS a partir de 2023, de branqueamento de capitais. É que parte do financiamento, numa quantia equivalente a 7,9 milhões de dólares foi transferida em 2013 a partir do Ministério das Finanças para uma conta do Credit Suisse na Suíça e que depois o valor foi encaminhado para uma outra conta sediada nos Emirados Árabes Unidos, e essas movimentações é que despoletaram a investigação.
Segundo a acusação, terá sido o responsável de compliance do Credit Suisse, na altura, que recomendou que o caso não fosse reportado às autoridades de controlo de lavagem de dinheiro, sugerindo antes o término da relação comercial. O Credit Suisse só reportou a transação em 2019, após o Departamento de Justiça dos EUA ter iniciado processos criminais relacionados com os empréstimos moçambicanos.
Neste novo capítulo, o procurador suíço acusou o banco e o UBS de “deficiências organizacionais” que impediram a prevenção de práticas ilícitas. Em comunicado, o UBS rejeitou firmemente as conclusões e afirmou que irá defender vigorosamente a sua posição.
Em 2021, o Crédit Suisse pagou 475 milhões de dólares às autoridades americanas e 147 milhões de libras à Financial Conduct Authority britânica, devido a falhas de supervisão nos empréstimos moçambicanos.

