Director do Centro de Análises Estratégias da organização disse hoje, em Maputo, que a CPLP, não só está atenta, como também pode analisar um eventual pedido de apoio feito pelo país.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa diz que está atenta aos esforços de Moçambique, apoiado pelos seus parceiros no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, e revelou abertura em ajudar caso o país peça.
Numa reunião do Centro de Análises Estratégicas da organização realizada hoje, na Cidade de Maputo, para discutir a mobilidade militar entre os países da região, o mais recente director-geral da instituição clarificou a jornalistas que o tema do terrorismo em Moçambique não estava na agenda do encontro, contudo assegurou.
“A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa está sempre atenta ao que se passa em Moçambique, porque Moçambique é um Estado-membro da CPLP, tanto que, no final de Junho, a componente de defesa da CPLP vai reunir-se em Cabo Verde, numa reunião que é feita anualmente, entre os ministros da Defesa e Directores da Política de Defesa. Não vão analisar o caso concreto de Moçambique, que é o problema do terrorismo, mas de certeza que é um assunto que é tratado directa ou indirectamente e os Estados-membros estão atentos àquilo que acontece e naquilo que Moçambique entende que os Estados-membros podem ajudar, pode ser analisado e dado o máximo nessa direcção”, disse Almiro Samiranda, o cabo-verdiano que está, agora, à frente do Centro de Análises Estratégicas da CPLP.
Terrorismo à parte, interessa a este evento discutir a aplicação da mobilidade militar na CPLP, como seguimento do acordo de mobilidade que os países aprovaram em Julho do ano passado em Luanda.
“O factor que impera para que isso aconteça é a realidade de cada um dos países e os países estão na sua área própria e, em função da área em que estão, têm especificidades próprias, porque têm órgãos e estão inseridos em meios próprios, o caso de Portugal, na União Europeia, de Moçambique, na SADC, portanto organizações a que os países pertencem e que têm uma palavra a dizer nesse processo”, acrescentou.
Um dos objectivos da mobilidade militar na CPLP é contribuir para o combate ao crime, com destaque para o tráfico de pessoas e de drogas.=