O País – A verdade como notícia

O COVID-19 está a afectar os transportadores que fazem viagens de Moçambique para algumas cidades sul-africanas. O número de passageiros no Terminal da Junta reduziu drasticamente e os motoristas falam de prejuízos.

No Terminal da Junta, por exemplo, por dia partiam seis a sete autocarros para algumas as cidades sul-africanas. Mas desde segunda-feira as viagens estão comprometidas, por causa do surto do COVID-19 naquele país vizinho.

Esta quinta-feira, desde as 04 horas de madrugada até volta das 11 horas, altura em que a nossa reportagem deixou o local, apenas um carro tinha saído com destino para a terra do rand.
“Desde que esta doença (Coronavírus) chegou à África do Sul, temos tido falta de passageiros. Eu tenho a certeza de que muitos cidadãos ficaram assustados” por causa da pandemia, disse Jerónimo Alafo, transportadores e líderes destes operadores.

“O que nos atrapalha, agora, são as licenças temporárias de três meses, por pagar. Com esta pandemia, a licença pode caducar sem termos feito nada e isso é um prejuízo”, contou o chefe dos transportadores.

Mesmo cenário regista-se da África do Sul para Moçambique.
“Na África do Sul chegamos a ficar uma semana à espera de passageiros e regressamos, por vezes, com um ou dois passageiros. Ou com o carro vazio. Isso está provocar-nos prejuízos”, desabafou John Fumo, outro motorista que faz a rota Maputo/Joanesburgo.

Desesperada por chegar a Thembisa, na África do Sul, encontrámos Gina Mafuiane dentro de um carro vazio aguardando por outros passageiros.

“Desde que cheguei no Terminal da Junta às 05 horas, ainda estou a aguardar. Os motoristas não aceitam sair com único passageiro e estou aflita porque já devia estar lá (no território sul-africano). Tenho assuntos a resolver”, disse a passageira.
De acordo com ela, que os operadores explicaram que a falta de passageiros, o que implica demora de partida para a África do Sul, deve-se ao Coronavírus.

 

 

 

Dados mais actualizados indicam que a Itália já ultrapassou a China em termos de números de mortos devido ao novo Coronavírus. O país europeu contabilizou, hoje, 3 405 mortos contra 3 245 registados na China. Ou seja, uma diferença de 160 óbitos.

A Itália é o segundo país, depois da China, com mais casos, com 35 mil infectados. O primeiro-ministro italiano, Giusepe Conte, decidiu estender a quarentena na Itália além de 3 de Abril.

Na lista dos países mais afectados, segue Irão com mais de 17 mil casos, Espanha com mais de 14 mil casos, Alemanha com 12 mil, Estados Unidos com cerca de 9 200 e França com 9134.

Ontem, Portugal declarou o estado de emergência de 15 dias para conter o COVID-19 que já infectou pelo menos 785 pessoas naquele país. Já no mundo, o novo Coronavírus já infectou mais de 212 mil pessoas e matou mais de 8 700 pessoas.

O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, desafiou o novo director-geral do Instituto Nacional do Turismo a encontrar “soluções criativas” para fazer face aos impactos do novo Coronavírus no sector.

O turismo é um dos sectores mais afectados pelo surto do Covid-19 no mundo, embora Moçambique não tenha registado oficialmente nenhum caso da doença, alguns sectores-chave da economia já se ressentem dos efeitos da pandemia.

É diante desse ‘stress’ global, que o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, desafiou o novo director-geral do Instituto Nacional do Turismo (INATUR), Geremias Manusse, a encontrar “soluções criativas” para fazer face aos impactos negativos do novo Coronavírus no sector.

“O director-geral do INATUR toma posse numa altura em que o mundo enfrenta uma das maiores pandemias das últimas décadas”, anotou o governante.

Uma das soluções, segundo Carlos Agostinho do Rosário, passa por reforçar a cooperação público-privada, para capitalizar o turismo doméstico, dada a sua interligação com os sectores de agricultura, transportes e artesanato, entre outros, vistos como vitais para a captação de divisas para o país.

A nova direcção do INATUR é desafiada ainda a tornar mais fácil e acessível viajar dentro país, através de uma maior interconectividade dos transportes aéreos, terrestres e marítimos, bem como atrair mais investimentos de qualidade para o sector, desenvolvendo acções de promoção da imagem turística de Moçambique e incrementar o turismo doméstico, através de adopção e promoção de pacotes turísticos atractivos.

Com as tendências actuais do mercado turístico a apontarem para um número cada vez mais crescente de cidadãos estrangeiros e nacionais a fazerem o turismo de lazer, de negócios, de eventos culturais e desportos, o Primeiro-Ministro recomenda a capitalização da parceria público-privado, sobretudo no âmbito de desenvolvimento de infra-estruturas, bem como a criação de hotéis-escola para garantir uma formação e prestação de serviços de qualidade aos turistas.

Já o director do Instituto Nacional do Turismo prometeu privilegiar o diálogo, trabalho em equipa e revitalizar o turismo doméstico, contribuindo, deste modo, no desenvolvimento socioeconómico do país, através da captação de mais receitas para os cofres públicos.

 

 

Como forma de evitar o risco de propagação do coronavírus, a reunião regional que devia acontecer em Dar es salam, na Tanzânia, decorre com cada delegação em seu país.

São representantes de 13 países. Deviam estar reunidos na mesma sala na cidade tanzaniana de Dar es salam, mas, devido às medidas tomadas a nível da região para controlar a propagação do coronavírus, a reunião acontece em videoconferência  .

Da Tanzânia, um país já com um caso confirmado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Palamangamba Kabundi, reforçou o apelo aos países para adoptarem medidas preventivas.

O Conselho de Ministros da SADC já estava programado e não foi cancelado para não comprometer as metas.

Numa altura em que casos positivos do novo coronavírus já foram confirmados em três dos seis países que fazem fronteiras com Moçambique, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo, fala do posicionamento do país a nível regional em matérias de prevenção.

 

 

 

Aumentou para 116 o número de infectados pela pandemia COVID-19 na África do Sul. Um navio de cruzeiro está retido na cidade de Cabo, após um membro da tripulação ter apresentado sintomas do novo coronavírus.

As autoridades sul-africanas registaram mais 23 casos confirmados da COVID-19 ontem, elevando o número de infectados para pelo menos 116.

Dos casos confirmados, oito são de transmissão local que incluem uma criança de dois anos. Fora desses casos, um navio de cruzeiro MV Aidamira e um barco de carga estão retidos na cidade de Cabo, depois dum membro da tripulação ter apresentado sintomas da COVID-19. O paciente suspeito foi levado em quarentena junto com seis membros da tripulação de outro navio com quem partilhou o percurso.

Cerca de 1 240 passageiros e 486 membros da tripulação da Aidamira foram colocados em quarentena dentro do navio.

Outro navio de cruzeiro Queen Mary 2 espera-se que chegue a Cidade de Cabo nos finais de Março, depois de ter desembarcado na Austrália.

 

O Grupo Soico decidiu alterar a programação, limitar viagens aos seus colaboradores e introduzir medidas preventivas para evitar a propagação do novo Coronavírus. Essas medidas irão vigorar até que a situação de alerta máximo devido ao surto fique controlada.

Face à pandemia do Coronavírus (COVID-19), o Conselho de Administração do Grupo Soico reuniu em sessão extraordinária, tendo tomado, três principais decisões: introduzir medidas de prevenção, alterar o formato dos seus programas e limitar viagens aos colaboradores.

De acordo com o COO do grupo, Jeremias Langa, as medidas visam preservar a vida de todas as pessoas que de forma directa ou indirecta contribuem para a veiculação diária dos programas direccionados aos leitores, ouvintes e telespectadores.

“Todas as pessoas que vierem às instalações do Grupo Soico, incluindo os colaboradores, vão, então, ter que adoptar medidas preventivas de desinfecção das mãos, de acordo com as recomendações das autoridades. A segunda medida, também com o foco interno, tem a ver com a suspensão de viagens para os países que têm ocorrência do Coronavírus e ainda, desaconselhar os nossos colaboradores, mesmo nas viagens a título particular para países que estão, a estas alturas, a viver situações críticas do Coronavírus”, explicou Jeremias Langa.

No que diz respeito aos programas, o Grupo fala também de novas abordagens, entre elas, a limitação do número de convidados.

“Nós temos um programa que é ‘Isto é Show’ que tem plateia e muitos convidados. É um dos programas visados. Vai ter que redimensionar a forma como faz, com poucos convidados, até que a situação se esclareça, igualmente, o ‘Fama Show’”, disse o COO do Grupo Soico.

Jeremias Langa explica ainda como será feita a selecção dos concorrentes do ‘Fama Show’ e a forma a ser usada para que os interessados vejam o programa. Ao nível das galas do ‘Fama Show’ não serão feitas galas com o público. Langa elucida que serão feitos programas em estúdios, muito restritos, sendo que as pessoas assistirão pela televisão.

“Nós temos estado a fazer a preparação do lançamento do ‘Fama Show’. Já tínhamos os casting agendados para o próximo fim-de-semana, sábado (21) e domingo (22). Não vamos fazer nos moldes em que tínhamos planeado, que era chamar os cerca de mil concorrentes que se inscreveram na cidade de Maputo para fazer o casting. Vamos fazer o casting a partir dos vídeos e a equipa do júri vai reunir numa sala e escolhe os melhores”, esclareceu Jeremias.

Estas decisões do Grupo Soico surgem na sequência do alerta máximo anunciado, recentemente, pelas autoridades governamentais moçambicanas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido à pandemia do COVID-19 que está a tirar vida a muita gente.

 

 

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, Turismo e Similares (SINTIHOTS) ao nível da cidade e província de Maputo manifestou hoje a sua preocupação com o impacto do Covid-19 sobre o sector.

Apesar de ainda não haver confirmação de nenhum caso de Covid-19 em Moçambique, a propagação do novo coronavírus tende a restringir a entrada de turistas no país o que dificulta receitas para este sector tal como está acontecer na cidade e província de Maputo.

Porque, muitas das vezes, o sector de turismo mantém contacto directo e pessoal com vários turistas, o secretário do SINTIHOTS ao nível da cidade e província de Maputo, Gonçalves Zitha, apelou para maior precaução neste ramo de actividade para evitar entrada do Covid-19 no país.

Zitha exortou aos operadores e trabalhadores do sector a cumprirem na integrada as recomendações deixadas pelas autoridades sobre medidas de prevenção daquela pandemia que está a afectar o mundo. Zitha fez seus apelos hoje, na cidade de Maputo, durante da IV sessão ordinária do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, Turismo e Similares ao nível da cidade e Província de Maputo.

No evento cujo objectivo principal era fazer o balanço das actividades da organização referente ao ano passado, Zitha destacou redução de conflitos laborais e apontou que a principal aposta para próximos tempos é aumentar os postos de emprego e melhorar as condições salariais dos trabalhadores.

“Na área de relações jurídicas laborais, higiene, saúde e segurança no trabalho, por exemplo, cumprimos uma meta de 80 por cento ano passado. Rubricámos 137 acordos laborais coletivos com estabelecimentos. Construímos uma residência protocolar do SINTIHOTS na zona da Ponta de Ouro bem como formamos milhares de membros em várias matérias”, disse Zitha.

 

 

O Aeroporto Internacional de Vilankulo bem como o Aeródromo de Inhambane são apenas dois dos pontos de entrada de estrangeiros na província, mas também ponto de rastreio do Covid-19.

Desde que as autoridades iniciaram com a operação, já foram rastreadas mais de 1400 pessoas, maioritariamente provenientes da Índia, Inglaterra e França.

Do rastreio, 12 pessoas ficaram em quarentena domiciliária. Por não apresentarem sinais da doença, quatro foram dispensadas e neste momento, oito continuam em quarentena.

O Director Provincial de Saúde em Inhambane Naftal Mathusse, explica que os cidadãos em quarentena não apresentam sintomatologia da doença, mas provem da lista de países com casos confirmados da doença e com níveis de infecção muito altos.

Na eventualidade da confirmação de um caso da doença, foram criados dois centros de internamento nas Cidades de Inhambane e Vilankulo com capacidade para 20 camas.

Mathusse disse ao “O Pais” que neste momento mobilizam-se recursos humanos, materiais e financeiros para responder a qualquer situação de confirmação do COVID-19 em Inhambane.
O sector de saúde em Inhambane recomenda o cumprimento rigoroso de todas medidas de prevenção anunciadas pelo governo.

 

 

 

Bahrain, República Dominicana, Paquistãi e Ilhas Cayman são os mais novos países a registar primeiros casos do novo coronavírus que já fez pelo menos 7 165 mortos e infectou pelo menos 182 mil pessoas no mundo.

Apesar de ter iniciado na China, em Dezembro do ano passado, o novo coronavírus já está presente em pelo menos 161 países do mundo, de acordo com os dados da Reuters. Dos infectados, pelo menos 79 882 mil pessoas já estão recuperadas.

Maior parte dos casos encontra-se na China com mais de 80 mil infectados, dos quais 68 mil estão recuperados e 3 226 são vítimas mortais. O segundo país com mais casos continua a ser a Itália, tendo já registado 2 158 mortos, 27 980 infectados, dos quais 2 749 estão recuperados.

O terceiro país mais afectado é o Irão que tem cerca de 15 mil casos, 4 996 recuperados e 853 pessoas morreram. E nesta lista, seguem Espanha, Coreia do Sul, Alemanha, França, Estados Unidos, Suíça e Japão. O continente com menos casos continua a ser África.

 

 

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