O País – A verdade como notícia

Localizado a 230 quilómetros da cidade de Tete, o distrito de Angónia ainda não registou casos positivos da Covid-19. Entretanto, as autoridades já estão em prontidão para atender possíveis cenários de contaminação, principalmente depois da reabertura da fronteira com o Malawi – país que conta com mais de 1000 casos – no passado sábado (dia 04).

“Temos 144 quilómetros de linha de fronteira que partilhamos com o vizinho Malawi, através de dois distritos, um dos quais já registou 20 casos positivos desta doença. Obedecendo a uma orientação do Governo Central reabrimos a fronteira depois de três meses em que esteve encerada. A cerimónia juntou as autoridades moçambicanas e do Malawi. No evento, deixamos uma mensagem clara de que a reabertura da fronteira era para viabilizar a movimentação de camiões com carga e não de passageiros. Sendo assim, todos os camionistas devem passar por um rastreio antes e depois de atravessar o nosso território, para aferir a sua condição de saúde. E porque do outro lado não há uso obrigatório de máscaras, tivemos que entrar em consensos para que não tenhamos contaminações durante os despachos conjuntos entre a nossa polícia e a polícia malawiana. Instamos a eles que durante esses processos usem máscaras e adoptem todas as medidas de segurança para que não passem o vírus para cá”, explicou Paulo Sebastião.

Paralelamente a isso, o governo distrital distribuiu mais de cinco mil máscaras a pessoas vulneráveis e as que trabalham em locais expostos ao risco de contaminação.

“Temos 38 brigadas móveis de sensibilização nas comunidades, além das máscaras já distribuímos mais de 1000 baldes com torneiras para a lavagem das mãos. Nessas acções temos priorizado os idosos, pessoas com deficiência e outros grupos vulneráveis. Porque é uma acção contínua decidimos através do Conselho Consultivo usar os reembolsos do FDD (Fundo de Desenvolvimento Distrital) para desenvolver acções tendentes a incrementar o fabrico de máscaras e compra de materiais para a sua produção”, terminou.

 

Um jovem de 26 anos, que testou positivo ao novo coronavírus, está desaparecido no distrito de Nicoadala, na Zambézia. As autoridades estão à sua procura por forma a ser submetido ao isolamento para evitar contaminações.

Passam cerca de duas semanas que o jovem em causa testou positivo ao novo coronavírus encontra-se desaparecido no distrito de Nicoadala, na Zambézia. A situação preocupa as autoridades que dizem estar à procura do referido jovem.

Neste momento, o receio é que o jovem possa estar em contacto com várias pessoas e assim transmitir a doença, segundo disse Honório Casimiro, da Direcção Distrital de Saúde de Nicoadala.

Na Zambézia, há situação de pessoas que prestam endereços falsos dos seus domicílios aos técnicos da saúde, depois de colhidas as amostras para testes da COVID-19.

Moçambique registou mais 19 casos de COVID-19 nas últimas 24 horas e mais quatro recuperados.

Nas últimas 24h, o país testou 1.312 casos suspeitos, dos quais 965 foram testados em laboratórios do sector público e 347 em laboratórios do sector privado. Dos novos casos suspeitos testados,1.293 foram negativos e 19 foram positivos para COVID-19, o que faz com que o país tenha 1.111 casos positivos cumulativamente registados, sendo 1.025 de transmissão local e 86 casos importados.

Os casos novos hoje reportados são todos de nacionalidade moçambicana e encontram-se em isolamento domiciliar. Neste momento, decorre o processo de mapeamento dos seus contactos.

“Queremos informar que registamos mais quatro (04) casos totalmente recuperados da COVID-19; um (01) na Província de Cabo Delgado, um (01) na Província de Inhambane, um (01) na Província de Gaza e um (01) na Província de Maputo. Todos indivíduos são de nacionalidade moçambicana e cumpriram com isolamento domiciliar durante o período da doença”, avança o MISAU.

Moçambique conta actualmente com 344 pacientes totalmente recuperados, nove óbitos devido a COVID-19 e dois óbito por outras causas.

“Igualmente, contamos com 756 casos activos, distribuídos da seguinte forma: Província de Niassa – 12; Cabo Delgado – 187; Nampula – 253; Zambézia – 24; Tete – 15; Manica – 17; Sofala – 21; Inhambane – 29; Gaza – 14; Província de Maputo – 78 e Cidade Maputo – 106”

Moçambique tem mais 31 casos positivos de COVID-19. Das amostras testadas nas últimas 24h, 219 provêm da Província de Cabo Delgado, 25 de Nampula, 2 da Zambézia, 28 de Tete, 33 de Manica, 7 de Sofala, 87 de Inhambane, 111 da Província de Maputo e 44 da Cidade de Maputo. 57 pessoas recuperaram.

 

Dos novos casos suspeitos testados, 525 foram negativos e 31 foram positivos para COVID-19. Assim, o País tem cumulativamente 1.071 casos positivos registados, sendo 988 de transmissão local e 83 casos importados.

Os casos novos reportados são todos de nacionalidade moçambicana.

Moçambique continua com um cumulativo de 26 indivíduos internados devido a COVID-19. Destes, 5 continuam sob cuidados hospitalares. Os indivíduos que continuam internados, tem patologias crónicas diversas, associadas à COVID-19.

O país conta actualmente com trezentos e trinta e sete (337) pacientes totalmente recuperados, oito (08) óbitos devido a COVID-19 e dois (2) óbito por outras causas.

Igualmente, conta com 724 casos activos, distribuídos da seguinte forma: Província de Niassa – 12; Cabo Delgado – 177; Nampula – 245; Zambézia – 26; Tete – 15; Manica – 15; Sofala – 18; Inhambane – 25; Gaza – 13; Província de Maputo – 76 e Cidade Maputo – 100.

 

Os mercados formais e informais são considerados principais focos de contaminação do novo coronavírus, segundo deu a entender, na Beira, o Director-Geral do Instituto Nacional de Saúde, Ilesh Jani. Por conta disso, o sector de saúde sugere a reorganização destes locais. É um exercício que não se afigura fácil tendo em conta que os mercados acolhem diariamente um elevado número de pessoas de todas as idades, entre elas vendedores e compradores, a busca de sobrevivência, contudo torna-se importante a requalificação dos mesmos por forma a evitarem-se contaminações comunitárias da COVID-19.

“É importante que os mercados sejam reorganizados de modo que haja um distanciamento físico adequado, entre os vendedores, entre estes e os clientes e entre os próprios clientes, para evitarmos as contaminações comunitárias”.

Reagindo aos apelos do Ministério da Saúde, o Conselho Autárquico da Beira convocou a imprensa, hoje, onde, através do seu presidente, Daviz Simango, disse que neste momento está sem capacidade financeira para requalificar os mercados e a solução imediata é descongestionar os principais mercados da urbe e que serão movimentados cerca de cinco mil vendedores para quatro novos mercados que estão a ser identificados nos bairros da Cerâmica, Inhamízua e Manga.

“A requalificação de mercados na Beira custaria cerca de 600 mil dólares e o município não tem dinheiro neste momento. Vamos descongestionar os mercados. Futuramente iremos requalifica-los, o que vai implicar a demolição dos mercados total ou parcialmente e adapta-las a realidade actual”.

Importa referir que apesar da situação epidemiológica na província de Sofala, estar controlada, por apresentar números relativamente baixos, se comparado com outros pontos do país, o sector de saúde está a trabalhar na intensificação da vigilância epidemiológico, e uma das acções previstas é um inquérito sero-epidemiológico a arrancar logo que terminar na província de Cabo-Delgado.

Depois de, numa carta aberta, onde mais de 200 cientistas defenderam a transmissão do novo Coronavírus pelo ar, a Organização Mundial de Saúde (OMS), reconheceu a possibilidade, principalmente em locais arejados.

A OMS recomenda por isso que se evitem espaços fechados e apela ao uso de máscara.

Paul Edelstein, Professor emérito de medicina patológica e laboratorial da Universidade da Pensilvânia, diz concordar com os investigadores que alertam a OMS de que “é preciso considerar todos os vetores de propagação e que a ventilação acrescida nos espaços fechados é necessária”, acrescentando que se esqueceram de fazer referência às fontes de contaminação, ou seja, evitar, em primeiro lugar, que as pessoas transmitam a doença”.

A Real Sociedade de Londres também publicou um comunicado em que urge o público para usar máscaras de protecção depois de dois novos estudos terem apresentado dados sobre a eficácia do uso das coberturas faciais como proteção.

“O uso de máscaras previne o uso de transmissão pode gotículas, tanto as de grande tamanho como as de pequena dimensão porque antes de transformarem em partículas de tamanho de aerossol elas são expelidas num tamanho grande, capturadas pelas máscaras”, diz Paul Edelstein

Segundo avança o G1, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, informou hoje que seu exame para COVID-19 deu positivo.

“O presidente afirmou que a febre chegou a 38 graus, mas que, à noite, a temperatura começou a ceder. Afirmou também que sentiu mal-estar e cansaço. Ele disse que agora está se sentindo ‘perfeitamente bem’”, escreve G1.

“Estou bem, estou normal, em comparação a ontem [segunda], estou muito bem. Estou até com vontade de fazer uma caminhada, mas, por recomendação médica, não farei”, cita o órgão brasileiro, acrescentando que Bolsonaro já havia informado aos seus apoiantes, ontem, que estava com febre e dores no corpo e, por isso, decidiu fazer o exame. O Presidente Brasileiro disse que fez uma radiografia e que o pulmão estava limpo.

Jair Bolsonaro tem 65 anos, fazendo, por isso, parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco.

 

Moçambique registou mais 28 casos positivos de COVID-19, nas últimas 24 horas. Assim, o país tem cumulativamente 1040 casos positivos registados, sendo 958 de transmissão local e 82 casos importados.

Nas últimas 24 horas, o país testou 1104 casos suspeitos. Destes, 601 foram testados em laboratórios do sector público e 503 em laboratórios do sector privado.

Das amostras testadas nas últimas 24h nos laboratórios do sector público, 1 provêm da Província de Cabo Delgado, 152 de Nampula, 118 da Zambézia, 2 de Tete, 122 de Sofala, 38 da Província de Maputo e 168 da Cidade de Maputo. Das 503 amostras testadas em laboratórios do sector privado, 353 provêm da Província de Cabo Delgado e 150 da Cidade de Maputo.

Os casos novos hoje reportados são de nacionalidade moçambicana e os infectados encontram-se em isolamento domiciliar.

Moçambique conta actualmente com duzentos e oitenta (280) indivíduos totalmente recuperados, oito (08) óbitos devido a COVID-19 e dois (2) óbito por outras causas.

Igualmente, contamos com 750 casos activos, distribuídos da seguinte forma: Província de Niassa – 12; Cabo Delgado – 153; Nampula – 297; Zambézia – 26; Tete – 18; Manica – 18; Sofala – 19; Inhambane – 19; Gaza – 14; Província de Maputo – 76 e Cidade Maputo – 99.

 

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