O País – A verdade como notícia

Dos novos casos suspeitos testados, 837 foram negativos e 29 foram positivos para COVID-19. Nas últimas 24 horas, recuperou uma pessoa de COVID-19 no país.

No país foram testados, cumulativamente, 48.653 casos suspeitos, dos quais 866 nas últimas 24 horas. Destes, 794 foram testados em laboratórios do sector público e 72 em laboratórios do sector privado. As 72 amostras testadas em laboratórios do sector privado provêm da Cidade de Maputo.

O MISAU avança que das amostras testadas nas últimas 24h no sector público, 98 provêm da Província de Niassa, 21 de Cabo Delgado, 75 de Nampula, 47 da Zambézia, 19 de Tete, 69 de Manica, 119 de Sofala, 84 de Inhambane, 133 de Gaza, 4 da Província de Maputo e 125 da Cidade de Maputo.

Dos novos casos suspeitos testados, 837 foram negativos e 29 foram positivos para COVID-19 (24 dos testados em laboratórios do sector público e 5 dos testados em laboratórios do sector privado). Assim, o país tem cumulativamente 1.536 casos positivos registados, dos quais 1.380 de transmissão local e 156 casos importados.

Os casos novos hoje reportados incluem 25 indivíduos de nacionalidade moçambicana e 4 indivíduos estrangeiros. Destes, registamos 26 casos de transmissão local e 3 casos importados.

Os casos hoje reportados, encontram-se em isolamento domiciliar. Neste momento decorre o processo de mapeamento dos seus contactos.

Moçambique conta com um cumulativo de 36 indivíduos internados devido a COVID-19. Destes, 4 estão sob cuidados hospitalares nos centros de isolamento. Os mesmos padecem de patologias crónicas diversas, associadas à COVID-19.

O País tem, actualmente, 1.017 casos activos da COVID-19, distribuídos da seguinte forma: Província de Niassa – 19; Cabo Delgado – 208; Nampula – 229; Zambézia – 28; Tete – 28; Manica – 21; Sofala – 21; Inhambane – 39; Gaza – 50; Província de Maputo – 191 e Cidade Maputo – 183.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a produzir inquéritos para saber do real impacto da pandemia da COVID-19 nas famílias e na economia.

Não há dúvidas que a pandemia da COVID-19 está a ter um impacto negativo na vida das famílias e das empresas, mas o Instituto Nacional de Estatística quer quantificar esse impacto para que as marcas deixadas pelo vírus invisível sejam bem nítidas, explicou Elísio Mazive, Director-Adjunto Censos e Estatísticas do INE.

São dados que deverão trazer à luz o desemprego causado pela pandemia em Moçambique, a situação das empresas, informação importante para a formulação de políticas de recuperação social e económica.

Em paralelo, decorre desde Dezembro do ano passado até Dezembro deste ano, a recolha de dados à escala nacional para o Inquérito ao Orçamento Familiar, IOF, que mede a situação da pobreza e bem-estar da população.

Mais uma vez, a pandemia da COVID-19 forçou a paragem por três meses e o INE retomou, mas viu-se na obrigação de formar mais inquiridores para reforçar a equipa que está no campo, com vista a não prejudicar o prazo de término, avançou Elisa Mónica Magua, Presidente do INE.

Entretanto, em Cabo Delgado, os inquiridores não vão entrar nos distritos com conflito armado.

A pandemia da COVID-19 obriga a interrupção de abertura de poços de pesquisa de petróleo e gás em Búzi, província de Sofala. O bloco tem como operadores a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos e seu parceiro da Indonésia.

Depois das primeiras tentativas nos anos 60, a pesquisa de hidrocarbonetos em Búzi, na província de Sofala, retomou no início deste ano. A Buzi Hydrocarbons PTE Limitada, BHPL, e o braço empresarial do Estado moçambicano nos negócios de gás e petróleo, ENH, realizaram os trabalhos de perfuração de mais um poço de pesquisa em Maio último, denominado BS-2.

Entretanto, e devido à propagação da pandemia da COVID-19, os operadores deste bloco informaram ao Instituto Nacional de Petróleo, a interrupção das pesquisas.

“Trata-se de uma actividade complexa, levada a cabo por um número considerável de trabalhadores, incluindo expatriados, que devido a obrigatoriedade de cumprir os procedimentos estabelecidos pelo Governo relativos à entrada e saída de bens e pessoas no território nacional, não poderão proceder a devida rotação. Neste momento, as actividades de perfuração estão resumidas à manutenção da plataforma no local”, lê-se na nota publicada na página oficial do regulador.

O furo BS-2, que já atingiu a profundidade de 836 metros de um total de 1548 programados, é o segundo poço de pesquisa da BHPL, em Búzi. O mesmo, encontra-se localizado à uma distância de 1000 metros do poço BS-1 (bloco que já fora alvo de pesquisa em 1962), que atingiu a profundidade total de 1567 metros a 10 de Março de 2020.

O furo BS-1 manifestou ao longo da sua perfuração a ocorrência de gás natural, e aguarda os testes de produção para confirmar uma possível descoberta. Cada um dos furos está orçado em 15.2 milhões de dólares.

“Espera-se que logo que se proceda ao levantamento do Estado de Emergência e as condições de circulação estejam normalizadas, os furos BS-1 e BS-2 sejam completados e devidamente testados com vista a verificar o fluxo e quantificação de gás natural”, refere o Instituto Nacional de Petróleo.

A execução destes poços está inserida no programa de trabalho do respectivo contrato de concessão para pesquisa e produção acordado com a concessionária em 2010, que previa a execução de dois poços de pesquisa no segundo e terceiro períodos de pesquisa, respectivamente. Durante o primeiro período de pesquisa e a anteceder a execução dos poços, a BHPL reprocessou 300 km de sísmica 2D pré-existente, reinterpretou 1650 km de sísmica 2D pré-existente, adquiriu, processou e interpretou 600km de sísmica 2D.

Refira-se, que o contrato de concessão assinado com a BHPL está subdividido em três subperíodos de pesquisa num total de oito anos, tendo sido estendido por mais 12 meses, para permitir a conclusão das actividades acordadas, previstas no segundo e terceiro período de pesquisa.

Subiu para 705 o número total de infectados em Angola, anunciou hoje o secretário de Estado da Saúde Pública do país.

Segundo Franco Mufinda, dos 18 novos casos hoje reportados, 14 pessoas são de sexo masculino e quatro de sexo feminino.

Foram igualmente recuperados onze doentes, sendo 10 do Cuanza Norte.

Assim sendo, Angola tem 705 casos confirmados, mais 18 do que sábado, entre os quais 29 óbitos, 221 recuperados e 455 activos.

Dos 18 infectados, 15 estão em estado crítico, sob ventilação mecânica e três têm necessidade de hemodialise.

Os casos de COVID-19 em Angola estão concentrados na faixa entre os 20 e 69 anos, com predominância do sexo feminino, sendo nove em cada 10 assintomáticos.

Os testes serológicos  (testes rápidos) totalizam 22.367 em todo o país, dos quais 1.036 reativos, o que significa que as pessoas estiveram expostas ao vírus causador da doença e podem estar ainda em fase ativa.

A pandemia da COVID-19 já provocou mais de 601 mil mortos e infectoU mais de 14,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Moçambique registou nas últimas 24 horas mais 56 casos positivos da COVID-19, elevando o total acumulado para 1.491, sem registo de mortes e com 64 recuperados, totalizando 472, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

Segundo o comunicado do Ministério da Saúde, em Moçambique foram testados, cumulativamente, 46.556 casos suspeitos, dos quais 1.367 nas últimas 24 horas. Dos novos casos suspeitos testados, 1.311 foram negativos e 56 foram positivos para COVID-19 (52 dos testados em laboratórios do sector público e 4 dos testados em laboratórios do sector privado).

Assim, o país tem cumulativamente 1.491 casos positivos registados, dos quais 1.338 de transmissão local e 153 casos importados.

Os casos novos hoje reportados todos são de nacionalidade moçambicana e encontram-se em isolamento domiciliar. Destes, 51 são casos de transmissão local e 5 são casos importados.

Em relação aos recuperados, nas últimas 24 horas, o país registou mais 64 casos totalmente livres da COVID-19, elevando o número para 472. Dos 64 recuperados, 58 da província de Nampula, um (01) da Província da Zambézia, três (03) da Província de Inhambane e dois (02) na Província de Maputo. Trata-se de indivíduos de nacionalidade moçambicana que cumpriram com isolamento domiciliar durante o período da doença.

O país continua com 10 óbitos devido a COVID-19 e dois (2) óbitos por outras causas. Igualmente, o país conta com 1.007 casos activos.

Munícipes de Maputo asseguram observar medidas de prevenção contra o Coronavírus sempre que visitam os cemitérios. “O País” conversou com algumas pessoas que dizem respeitar as medidas com muito cuidado.

Domingo, dia de descanso para alguns. Mas também, dia em que uns escolhem para visitar os que seus restos mortais descansam na última morada, o cemitério.

Samuel, um jovem que encontrámo-lo no cemitério de Lhanguene, explicou que escolheu domingo para visitar o local porque ao longo da semana tem estado a trabalhar. “Não só. É um dia calmo para fazer a limpeza da campa da família”, afirmou.

E neste contexto do Coronavírus, as medidas de prevenção são necessárias. “Lavo as mãos e aplico o desinfectante, quer ao entrar, assim como ao sair”, disse Samuel ao “O País”.

Entretanto, a desinfecção das mãos não deve ser feita apenas depois da saída do cemitério. Ao chegar à casa, as medidas são ainda necessárias.

“Chego, tiro toda a roupa, vou ao banho, e só depois entro dentro da casa para ter com meus filhos e meu marido”, afirmou Evelina, outra entrevistada. “É para o nosso bem-estar”, secundou outro visitante do cemitério.

E no cemitério, não são apenas os visitantes que tem-se mostrado atentos às medidas de prevenção contra o Coronavírus. Samuel, jovem cuidador de campas no Lhanguene, contou ao “O País” que todos os dias após terminar seu trabalho vai à uma bomba próxima onde toma o banho e só depois vai à sua casa.

“Não tem falhado. Isso é regra”, assegurou o cuidador de campas.

Lembrem-se que os cemitérios têm sido apontados como possíveis focos de transmissão de coronavírus e, por isso, as medidas de prevenção contra a doença são muito necessárias nestes locais.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, diz que a COVID-19 “revela fraturas no esqueleto frágil das sociedades que construímos. Enquanto flutuamos todos no mesmo mar, está claro que alguns se encontram em iates, enquanto outros estão agarrados a destroços à deriva”.

António Guterres aponta desigualdades, cada vez mais evidentes, devido à pandemia e apela à criação do que considera um “Novo Contrato Social para uma nova era” e de um Novo Acordo Global.

No seu discurso virtual proferido em directo para a Fundação Nelson Mandela, na comemoração do nascimento do Prémio Nobel da Paz, António Guterres disse que “a COVID-19 foi comparada a um raio-X que revela fraturas no esqueleto frágil das sociedades que construímos. Está a expor falácias e falsidades em todo o lado. A mentira de que o livre mercado pode oferecer cuidados de saúde para todos”.

E mais, esse um raio-X desconstrói “a ficção de que o trabalho não remunerado não é trabalho. A ilusão de que vivemos em um mundo pós-racista. O mito de que estamos todos no mesmo barco. Enquanto flutuamos todos no mesmo mar, está claro que alguns se encontram em iates, enquanto outros estão agarrados a destroços à deriva”, sublinhou Guterres, citado pela Euronews.

Em meio a estas desigualdades económicas, sociais e nas relações de poder – no contexto da pandemia do novo Coronavírus –, o secretário-geral das Nações Unidas insiste que é preciso pensar um futuro apoiado em valores humanistas de solidariedade em nome de um Novo Acordo Global orientado para uma “globalização justa, uma vida em equilíbrio com a natureza” e com atenção aos “direitos das gerações futuras”.

Guterres defende que todos devem ter acesso a iguais oportunidades, garantindo, em simultâneo, que o poder e a riqueza são partilhados de maneira justa e que os direitos humanos são respeitados.

O país conta actualmente com 1435 casos, 10 óbitos e 408 recuperados, o que o coloca em sexta posição, no grupo dos 10 países de língua portuguesa, afectados pela COVID-19, segundo uma avaliação da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).
Fazem parte da UCCLA Angola, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Macau, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Portugal, São Tome e Príncipe e Moçambique.

No primeiro lugar da lista, encontra-se o Brasil com 2.012.151 casos e 76.688 óbitos, segue-se Espanha com 260255 casos e 28420 mortes e Portugal com 48.077 casos e 1.682 óbitos.

Em África, Cabo Verde é o mais afectado, com 1939 casos e 20 óbitos, seguido por Guiné-Bissau com 1842 casos e 26 óbitos, São Tomé e Príncipe e Angola  seguem com 741 e 638 casos, nomeadamente.
Os asiáticos Macau e Timor-Leste são os menos afectados, com 46 e 24 casos nomeadamente e o mesmo número de recuperados.

Em termos de medidas de prevenção à COVID-19, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa enaltece o recente balanço intermédio do Presidente da República, no qual Filipe Nyusi mantém as medidas restritivas tomadas anteriormente.

Para além da crise humanitária e de saúde pública, a COVID-19 já causou mais 595 mil mortos e mais de 14 milhões de infectados em todo o mundo.

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