O País – A verdade como notícia

Mais 167 pacientes acabam de entrar na lista dos infectados pelo novo Coronavírus no país. Assim, o cumulativo de cidadãos que testaram positivo atingiu 6.161, desde Março. Entre eles, 5.877 são de transmissão local e 284 importados.

A cidade de Maputo registou o maior número (73) dos casos reportados esta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, seguida pela província da Zambézia, com 43.

Os 167 infectados, dos quais 165 moçambicanos e dois de nacionalidade estrageira, foram detectados em 1.032 indivíduos suspeitos.

“Os resultados que partilhamos resultam das amostras colhidas entre os dias 04 a 15 de Setembro”, disse Benigna Matsinhe, directora nacional adjunta de Saúde Pública.

Moçambique conta com um cumulativo de 142 indivíduos internados em unidades hospitalares devido à COVID-19, dos quais 44 estão sob cuidados médicos nos centros de isolamento.

“Os indivíduos internados padecem de patologias crónicas diversas, associadas à COVID-19”, afirmou Benigna Matsinhe e esclareceu que 39 doentes estão internados na cidade de Maputo, dois na província de Gaza, um em Nampula, outro na Zambézia, outro ainda em Tete.

A directora nacional adjunta de Saúde Pública informou ainda que mais 126 pessoas estão “totalmente recuperadas da COVID-19”.

Desses indivíduos, 108 são da Zambézia, 16 de Tete e dois do Niassa.
“Todos os 126 casos recuperados que reportámos são de nacionalidade moçambicana”, disse a dirigente, ajuntando que actualmente há no país 3.393 (55%) indivíduos livre da doença.

Moçambique mantém os 39 óbitos devido à COVID-19. Neste momento, há 2.725 pessoas ainda com a doença e sob orientação dos profissionais de saúde.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, reuniu com a Comissão Técnico-científica, esta quinta-feira, para discutir a situação da pandemia do novo Coronavírus no país. No encontro, alargado a outros sectores do Governo, o Chefe de Estado manifestou preocupação devido ao incumprimento das medidas de prevenção da COVID-19, sobretudo na cidade e província de Maputo.

Ao iniciar a reunião, o Chefe de Estado deu permissão ao ministro da Saúde, Armindo Tiago, para apresentar a situação epidemiológica do mundo, do continente africano, da região da SADC e de Moçambique.

Durante a sua intervenção, o ministro da Saúde disse que a África regista uma estabilização progressiva da pandemia do novo Coronavírus, sendo que desde Agosto o continente apresenta um número abaixo da metade dos casos notificados anteriormente, em termos de infecções, bem como o de óbitos.

No que diz respeito a Moçambique, Armindo Tiago referiu que o país está na quarta posição na SADC com uma taxa de positividade de 5,1% e é, actualmente, o que tem o menos número de óbitos na região, com 39, e mais de 6.100 infecções, desde Março.

Entretanto, entre Julho e Agosto, houve registo de alteração progressiva de casos da COVID-19 em termos de óbitos e infecções, uma tendência que se mantém no presente mês de Setembro.

As cidades de Maputo, Pemba e Nampula, com uma taxa de positividade de 10,7%, 5% e 3,9%, respectivamente, são as que experimentaram uma transmissão comunitária.

Contudo, o inquérito sero-epidemiológico realizado na capital do país aponta que se passou do nível de alerta para o de acção, facto que vai obrigar um possível escalonamento dos horários públicos e privados, com o objectivo de reduzir a pressão sobre os serviços públicos, com particular ênfase para a área dos transportes.

Em conclusão, Armindo Tiago disse que há no país uma tendência generalizada de incumprimento das medidas de prevenção da COVID-19, caracterizada pelo não uso de máscaras, o não distanciamento social e o desrespeito do limite de participação em eventos públicos e privados.

No fim do encontro, coube à ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, fazer a síntese do que se discutiu à porta fechada.

A ministra disse que o Executivo decidiu manter todas as medidas de prevenção e combate ao novo Coronavírus.

Neste contexto, haverá intensificação na fiscalização do cumprimento dessas medidas e penalização daqueles que as violarem.

À imprensa Helena Kida disse que com o desconfinamento, o aumento das infecções diárias era previsível, mas que continua a ser importante a manutenção das medidas de prevenção do novo Coronavírus.

Outra constatação foi a violação das medidas de prevenção da COVID-19, que segundo o Governo, ocorrem nas zonas urbanas e é perpetrada maioritariamente por jovens com certo nível de instrução académica.

Em relação as infracções, o Governo reitera a aplicação de medidas sancionatórias contra os prevaricadores, que variam de multas até, em última instância, à privação de liberdade.

A reunião da auscultação da Comissão Técnico-Científica da COVID-19 poderá determinar as futuras decisões do Governo em relação ao alívio ou endurecimento das medidas de restrição.

Contudo, apesar da cidade de Maputo ter ultrapassado o nível de alerta, ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre um possível cerco sanitário na capital moçambicana.

O Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde da Guiné-Bissau iniciou, esta quarta-feira, uma greve de sete dias para exigir a regularização da carreira, pagamentos de dívidas em atraso e melhores condições de trabalho.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde da Guiné-Bissau, Yoio João Correia, citado pela Lusa, as reivindicações dos profissionais de saúde estão relacionadas com “os pagamentos, inúmeras dívidas que o Estado tem como salários, subsídios de 2015, 2017 e 2018 e com a parte legislativa”.

“Alguns documentos relativo à carreira de técnicos de saúde deviam ter sido aplicados em maio e ainda não foram aprovados. Existem muitos técnicos que não têm carteira profissional é importante haver uma organização que regularize o exercício de enfermagem”, ressaltou.
A fonte que falou à Lusa diz que esteve na semana passada com o ministro das Finanças, João Fadiá, que se mostrou disponível para liquidar as dívidas, mas o Ministério da Saúde não disponibilizou todos os documentos necessários.

 

Situação de calamidade proíbe realização de greves

O Governo da Guiné-Bissau declarou na semana finda a situação de calamidade e emergência de saúde no país até Dezembro no âmbito do combate ao novo coronavírus. O regulamento da situação de calamidade proíbe a realização de greves, bem como os despedimentos.

“Nós temos consciência disso, mas os governantes também têm consciência das condições dos técnicos de saúde. Neste momento, a nível mundial, todos os técnicos estão a merecer atenção especial, menos na Guiné-Bissau”, lamentou Yoio João Correia.

Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde da Guiné-Bissau, há “desinteresse do Governo”. “Numa pandemia também devemos ter condições mínimas de trabalho. O nosso objetivo é ter boas condições de saúde para toda a população”, disse Yoio João Correia, salientando não fazer sentido estancar reivindicações através da situação de calamidade.

Yoio João Correia pedimos à população para compreender o propósito os profissionais de saúde, que é exigir condições. “Não nos sentimos bem quando recorrem ao nosso serviço e não podemos fazer nada para ajudar”, concluiu.

A Guiné-Bissau registou até ao momento 39 mortos e 2.303 casos de infeção pelo novo coronavírus.

A China soma hoje 31 dias consecutivos sem registar infecções locais da COVID-19, anunciaram as autoridades de saúde daquele país, citados pela Lusa.

Segundo a Comissão de Saúde da China, nas últimas 24 horas, foram diagnosticados 12 novos casos importados de COVID-19. Os casos importados, segundo a Comissão, foram diagnosticados no município de Xangai (leste), e nas províncias de Guangdong (sul), Zhejiang (leste), Sichuan (sudoeste), Fujian (leste), Yunnan (sudoeste) e Shaanxi (noroeste).

Ainda nas últimas 24 horas, 11 pacientes receberam. O número de pessoas infectadas activas no país asiático se fixou em 143, incluindo um doente em estado considerado grave.

Moçambique registou, hoje, mais 213 casos positivos da COVID-19, o que eleva o número cumulativo de infecções pelo novo coronavírus para 5.482. Deste universo, 2.419 são casos activos. É o segundo dia consecutivo que o país regista mais de 200 infecções em apenas 24 horas, depois de ontem terem sido diagnosticados 229 casos positivos. Dos 213 casos registados hoje, a maioria, em número de 121, são da cidade de Maputo.

De ontem para hoje, mais 64 pessoas ficaram livres do novo coronavírus, o que fez subir para 3.024 o número de recuperados, numa altura em que contamos com cumulativo de 122 pessoas internadas, das quais 26 ainda continuam sob cuidados médicos em centros de isolamento.

O número de óbitos mantém-se em 35, havendo, lembre-se, mais quatro óbitos por outras causas. A Directora Nacional Adjunta de Saúde Pública, Benigna Matsinhe, alertou que a transmissão está a atingir níveis preocupantes no grande Maputo. “A situação está a ficar preocupante na cidade e província de Maputo”, disse.

 

O governo de Israel aprovou este domingo um confinamento total de três semanas a partir de 18 de Setembro até de Outubro para travar a segunda onda do Coronavírus, que atingiu um dos índices de mortalidade mais elevados do mundo na última semana.

O novo confinamento vai coincidir com três celebrações religiosas muito importantes para os judeus: O Rosh Hashaná (Ano Novo judeu), Yom Kipur (Dia do Perdão) e o Sucot (os Tabernáculos).

Durante este período, os habitantes não poderão ir além de 500 metros da residência excepto para actividades desportivas individuais, e as escolas, hotéis e centros comerciais vão encerrar.

Haverá um limite de dez pessoas em reuniões em espaços fechados e de 20 ao ar livre, os supermercados e farmácias poderão funcionar, mas o restante comércio só se for de entregas ao domicílio.

O setor público diminuirá os seus trabalhadores ao mínimo, e o sector privado poderá continuar a trabalhar com normalidade, mas não será permitido receber clientes.

Após anunciar o confinamento e as regras impostas, o primeiro-ministro israelita, Benjamín Netanyahu disse que “estas medidas têm um custo muito alto para todos nós.

“Mas só se cumprirmos as regras, e confio que o faremos, derrotaremos o vírus”, acrescentou o ministro.

A decisão de aplicar um novo confinamento foi alcançada após uma reunião dos ministros do Governo, que durou mais de sete horas e que, segundo os meios locais, provocou gritos e acusações cruzadas, esteve marcada também pela demissão do ministro da Construção e Habitação, o ultraortodoxo Yaakov Litzman, além de vários ministros que alertaram para os danos que o confinamento vai provocar na economia.

Das 2.095 pessoas submetidas a testes por suspeita de estarem infectadas pelo novo Coronavírus, 229 acusaram positivo nas últimas 24 horas, informou hoje o Ministério da Saúde, salientando que 170 são da cidade de Maputo.

Os 229 pacientes representam o maior número, em 24 horas, desde que o país começou a testagem da COVID-19, em Março passado.

Dos 170 casos detectados na cidade de Maputo, 147 resultaram da vigilância nas unidades sanitárias e 23 do rastreio de contactos de pessoas já infectadas.

Na província de Maputo foram descobertas mais 32 pessoas também com COVID-19, das quais 10 na cidade da Matola, 17 no distrito de Marracuene, três no distrito de Moamba, um no distrito de Boane e outro na Manhiça. Destes indivíduos, 27 resultaram igualmente da vigilância nas unidades sanitárias e cinco do rastreio de contactos com casos positivos.

Nas províncias de Cabo Delgado, Sofala e Gaza houve, em cada, mais seis pacientes com o novo Coronavírus, segundo um comunicado do Ministério da Saúde, a que “O País” teve acesso.

Em Tete, a Saúde diagnosticou quatro pacientes, igual número em Nampula e um na Zambézia.

“Todos os casos hoje reportados encontram-se em isolamento domiciliário e decorre o processo de mapeamento dos seus contactos”, explica o Ministério da Saúde.

Assim, o país tem cumulativamente 5.269 pessoas com COVID-19, das quais 4.986 de transmissão local e 283 importados.
RECUPERADOS CONTINUAM A AUMENTAR

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, mais 55 indivíduos recuperaram da COVID-19. Destes, 51 são da cidade de Maputo, três da província de Inhambane e um da Zambézia.

Actualmente, 2.960 (52.2%) indivíduos que estavam infectados pelo novo Coronavírus já estão totalmente recuperados da doença.

Moçambique conta, actualmente, com 35 óbitos, refere o comunicado daquela instituição do Estado, ajuntando que, neste momento, o país tem 2.270 indivíduos ainda com COVID-19.

Dos 115 pacientes internados, cumulativamente, por conta do Coronavírus, 20 continuam sob cuidados médicos nos centros de isolamento e 16 deles estão na cidade de Maputo.

Os indivíduos internados “padecem de patologias crónicas diversas, associadas à COVID-19”.

 

A empresa chinesa Coyote Bioscience desenvolveu um equipamento de testagem rápida para a COVID-19, com o apoio do governo local. O aparelho tem a capacidade de analisar quatro amostras simultaneamente, em aproximadamente 30 minutos, segundo explica Li Xiang, presidente da firma.

Este é considerado um avanço que revoluciona a capacidade de testagem e pode contribuir para uma resposta rápida à doença.
Com o novo equipamento, as amostras são colectadas e de seguida introduzidas na máquina de testagem, o que reduz as fases de análise e consequentemente o risco de contaminação das amostras durante o processo.

“Um laboratório padrão é altamente exigente, tanto em termos de pessoal, espaço e hardware. Para um hospital (…) sem um laboratório é muito dispendioso” disse Li.

Fora os custos com equipamento, o método tradicional exigia, também, pessoal altamente qualificado.

Agora, pela simplicidade da nova invenção, uma enfermeira competente pode realizar os testes.

O equipamento teve a aprovação da Administração Nacional de Produtos Médicos, em Julho. O Conselho de Estado tornou obrigatória a aquisição do mesmo em todos hospitais até finais de Agosto.

O equipamento ganhou destaque na recém-Feira Internacional de Comércio de Serviços da China, realizada em Pequim, entre 04 e 09 do corrente mês.

Perto de três milhões de meticais estão a ser investidos na prevenção da pandemia do novo Coronavírus em 24 hospitais dos distritos de Morrumbala e Derre, na província da Zambézia, onde das 172 pessoas já diagnosticadas com doença, uma morreu, 113 ainda têm o vírus e 58 recuperaram.

O valor foi desembolsado pela Visão Mundial. Das unidades sanitárias abrangidas, 21 estão localizadas no distrito de Morrumbala e três no distrito de Derre.

Entretanto, nos dois distritos da Zambézia há incumprimento do uso da máscara para a prevenção da COVID-19.

Aliás, as pessoas com COVID-19 aumentam na Zambézia. Por isso, para travar a tendência, esforços de vários sectores estão voltados para a mitigação da doença.

Neste contexto, à saúde foram disponibilizados mais de 22 mil pares de luvas e máscaras, 24 termómetros para medição da temperatura e 900 litros de álcool em gel. Os produtos custaram cerca de três milhões de meticais aos cofres da Visão Mundial.

Danilo Macuácua, gestor da Visão Mundial no distrito de Morrumbala, fez saber que os esforços da organização estão alinhados com os do Governo no combate à pandemia do novo Coronavírus. Por isso, tudo o que estiver “ao alcance da organização, como forma de apoiar na mitigação da pandemia, será feito para o bem da população”.

Os materiais entregues ao sector de saúde visam proteger os profissionais que estão na linha da frente de salvamento de vidas, garantindo a assistência médica aos utentes daquelas unidades sanitárias.

Recentemente, outro apoio da organização não-governamental beneficiou os sectores de água, saneamento e educação, com o objectivo de garantir a eficácia das acções de prevenção da COVID-19.

Pedro Sapange, administrador do distrito de Morrumbala, e Santiago Marques, administrador de Derre o apoio da Visão Mundial chegou “numa boa altura” e o material chegará às unidades sanitárias já identificadas.

três milhões de meticais na prevenção da COVID-19 na Zambézia

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