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Os jogadores, equipa técnica e todo staff do Ferroviário de Maputo foi submetido ao teste de despiste do novo Coronavírus, esta segunda-feira, no âmbito do protocolo sanitário para retoma aos treinos. Para melhor controlo da prevenção da pandemia, o Ferroviário propõe testes semanais, custeados pelo Ministério da Saúde.

O retorno aos treinos das equipas que vão disputar o Moçambola continua a caracterizar o dia-a-dia do futebol moçambicano. A primeira acção antes de entrar no relvado para os treinos é a realização de testes de despiste da COVID-19, com objectivo de aferir a situação dos envolvidos, para garantir uma preparação segura.

O Ferroviário de Maputo tornou-se na quinta equipa do Moçambola a submeter seus jogadores, equipa técnica, e todo staff ao despiste, esta segunda-feira. Ao todo foram 40 elementos, entre jogadores, técnicos, pessoal de apoio e parte da direcção dos “locomotivas” da capital do país, que fizeram o teste da COVID-19, em preparação para a retoma aos treinos.

O objectivo destes testes, segundo Isidro Amade, porta-voz dos verde-e-branco, é assegurar um regresso seguro aos trabalhos da equipa sénior do Ferroviário de Maputo, que se prepara para disputar o Moçambola 2020.

“Estes testes vão permitir sabermos se podemos arrancar ou não, com quem podemos arrancar, para podermos ter certezas de quem está em condições de trabalhar e quem pode estar confinado”, disse Isidro Amade, que espera que estejam todos bem e que quando receberem os resultados, na próxima quinta-feira, não haja nenhum caso positivo.

Até porque isso vai permitir “iniciarmos com o trabalho, com o plantel dividido em vários turnos, neste caso três turnos, o que dá um terço por cada turno”, segundo Isidro Amade.

Esta é apenas a primeira fase das testagens no Ferroviário de Maputo, uma vez que, segundo Isidro Amade “a seguir vamos fazer com o pessoal do estádio da Machava por forma a ter certeza de que todo mundo está em condições para trabalhar em conjunto”, mesmo sem precisar datas para a realização desses testes.

TESTES SEMANAIS CUSTEADOS PELO MISAU

Sem poder colocar os atletas no mesmo lugar para melhor controlo da prevenção da pandemia da COVID-19, o Ferroviário de Maputo tem proposta de solução para a situação. Isidro Amade diz que “o ideal seria fazer testes semanais, mas sabe que as condições financeiras não estão criadas, porque estes testes são extremamente caros”.

Para fazer face a essa situação, diz estar em acção um trabalho que está a ser feito com a direcção da Liga Moçambicana de Futebol, da Federação Moçambicana de Futebol e com o Ministério da Saúde, “para que a saúde assuma isso (testes semanais), porque isto é um imperativo de ordem nacional”.

E as condições de segurança para os jogadores foram criadas pela direcção, sendo que já há um plano de treinamento, na primeira fase.

“Tudo já foi elaborado. Os jogadores têm aqui o cesto no chão por onde passam para desinfectar os sapatos, têm tanques de água para a lavagem das mãos, não vão usar o túnel, mas sim as escadas, com distanciamento social”, deixou claro o porta-voz da colectividade da capital do país.

Já em campo, ainda de acordo com a fonte, “cada um tem a sua cadeira personalizada e o seu cesto e cada jogador vai entrar com uma máscara e sair com outra”.

Portanto, as condições estão criadas para o retorno aos treinos, “na primeira semana com distanciamento de cinco metros, na segunda semana de 1.5 metros, até que na quarta semana possam estar todos juntos”, garantiu Isidro Amade.

O Ferroviário de Maputo só regressa aos treinos próxima semana depois de conhecer os resultados dos testes da COVID-19

Um homem de 70 anos de idade morreu por causa da COVID-19 na cidade de Maputo, informou o Ministério da Saúde, na tarde de hoje, esclarecendo que o óbito aconteceu no sábado. É a quinta morte pelo quarto dia consecutivo e o total no país é de 44, das quais 27 na capital Maputo.

O Ministério da Saúde disse que a vítima é de nacionalidade moçambicana. O seu estado de saúde piorou durante o internamento numa unidade hospitalar da cidade de Maputo.

O indivíduo ficou a saber que tinha Coronavírus no dia 18 de Setembro e morreu no dia seguinte.

No domingo, a Saúde anunciou que duas mulheres de 60 e 81 anos de idade morreram também devido à COVID-19 em Maputo. No sábado foi igualmente anunciada a morte de um homem de 44 anos de idade, na província de Maputo, onde vivia um cidadão de 67 anos, cuja morte foi reportada na sexta-feira.

Sobre os pacientes internados por causa desta doença, o número continua a aumentar. A directora nacional adjunta da Saúde Pública, Benigna Matsinhe, disse à comunicação social que Moçambique conta com um cumulativo de 181 [contra 159 até domingo] indivíduos acamados. Destes, 56 ainda estão sob cuidados médicos nos centros de isolamento.

Os indivíduos em alusão “padecem de patologias crónicas diversas, associadas à COVID-19” e estão internados na cidade de Maputo (53), províncias de Gaza (02) e Zambézia (01).

RECUPERARAM 3.738 PACIENTES

Mais 116 pacientes ficaram “ totalmente recuperados da COVID-19”, dos quais 54 na província de Maputo, 38 na capital do país, 15 em Nampula e nove em Tete.

“Actualmente, 3.738 (54%) indivíduos previamente infectados pelo novo Coronavírus estão totalmente recuperados da doença”, disse Benigna Matsinhe, que falava numa conferência de imprensa atinente à actualização da informação sobre o novo Coronavírus no país e no mundo.

HOUVE MAIS 141 INFECTADOS

Dos 848 casos suspeitos testados de domingo para segunda-feira, 141 foram positivos para a COVID-19. Todos dizem respeito a indivíduos de nacionalidade moçambicana e são de transmissão local.

“A cidade de Maputo registou o maior número de casos (94), correspondendo a 66.6% do total dos casos reportados” esta segunda-feira “em todo o país, seguida pela Província de Maputo (16.3%) com 23 casos”, explicou Benigna Matsinhe.

De acordo com a directora nacional adjunta da Saúde Pública, o país tem cumulativamente 6.912 casos positivos registados, dos quais 6.627 são de transmissão local e 285 são importados.

Os casos recém-reportados encontram-se em isolamento domiciliar e decorre o processo de mapeamento dos seus contactos, garantiu a dirigente.

SAÚDE AVISA SOBRE O PERIGO DO AUMENTO DA COVID-19
A directora nacional adjunta da Saúde Pública alertou para o agravamento da situação da pandemia da COVID-19 no país, sobretudo na cidade e província de Maputo, com 2.950 e 1.253 casos, respectivamente, dos 6.912 cumulativos.

“O aumento dos casos da COVID-19 no nosso país, particularmente neste mês de Setembro, a uma média acima de 30% de todos os indicadores, representa uma ameaça para a Saúde Pública e para a estabilidade socioeconómica do país”, recordou a dirigente.

Em Setembro em curso houve registo de 2.996 pacientes infectados, o que representa uma média de 143 casos por dia, ou seja, 43% de todos os casos até agora registados em Moçambique.

É “importante referir que o número de doentes nas camas dos nossos hospitais duplicou e o número de óbitos mantêm uma tendência crescente”, salientou a responsável da Saúde.

Para Benigna Matsinhe “este facto mostra que estamos a ter falhas no cumprimento das medidas de prevenção, o que nos remete à certeza de que caso não haja uma mudança no comportamento que temos vindo a ter, enquanto sociedade, investindo na prevenção e eliminação de todos os factores de risco concorrentes para a propagação da doença, vamos continuar a assistir a uma certa pressão ao nosso sistema de saúde e lançando um alerta para o seu colapso”.

“Queremos, por isso, apelar à toda a nossa sociedade para que tenha uma atitude mais consciente e redobrar os esforços na prevenção da COVID-19”, insistiu.

ÁFRICA COM 33.951 MORTES E MAIS DE UM MILHÃO DE RECUPERADOS

No continente africano, de acordo com actualização diária do Centro de Controlo de Doenças de África (CDC-África), até hoje há um cumulativo de 1.407.680 casos da COVID-19, dos quais 33.951 óbitos.

No total, 1.153.967 pessoas recuperaram da COVID-19 em África, disse o Ministério da Saúde moçambicano.

A instituição indica ainda que o cumulativo de indivíduos infectados pelo novo Coronavírus no mundo é de 31.253.976, dos quais 965.193 morreram.

Actualmente existe, em todo o mundo, um cumulativo de 22.838.629 de pessoas recuperadas da COVID-19.

O Reino Unido está num “ponto crítico” da pandemia da COVID-19 e a caminhar na “direcção errada”, de acordo com o director geral de Saúde de Inglaterra, Chris Whitty.

“A tendência no Reino Unido está a ir na direcção errada e estamos num ponto crítico da pandemia. Estamos a analisar os dados para ver como controlar a disseminação do vírus antes de um período de inverno muito complicado”, diz Chris Whitty, de acordo com excertos divulgados antecipadamente de uma declaração pública especial que fará hoje sobre a situação, escreve a Lusa.

No domingo, o Reino Unido anunciou ter registado mais 3.899 novas infecções e 18 mortes por causa da COVID-19 nas 24 horas anteriores, isto depois de no sábado ter contabilizado 4.422 novos casos, o número mais alto desde Maio.

Chris Whitty e o assessor científico do governo britânico, Patrick Vallance, vão fazer um ponto de situação para a televisão hoje sem a presença do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ou de qualquer membro do governo, apesar de a imprensa britânica especular sobre uma possível intervenção de Johnson na terça-feira.

O Reino Unido é o país com o maior número de mortos na Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos EUA, Brasil, Índia e México, diz a Lusa.

Dados de plataforma de emprego registam acréscimo de 76% nas candidaturas, de Abril a Agosto de 2020, comparativamente a igual período do ano anterior. Especialistas concordam que o mercado de emprego nunca mais será o mesmo, devido à COVID-19.

O imperativo do distanciamento social fez com que muitos negócios interrompessem as suas actividades, deixando inúmeras pessoas sem trabalho.

Uma destas pessoas é Ermelinda Matavel, jovem moçambicana que trabalhava num restaurante da cidade de Maputo.

Desde o dia em que foi divulgado o primeiro caso do novo Coronavírus em Moçambique, “ela [a chefe da nossa entrevistada] preferiu que nós fechássemos o restaurante para todos nós estarmos em segurança”, contou Ermelinda.

Apesar de achar a situação compreensível, Ermelinda ressentiu-se da falta de emprego. “Eu não pude pagar a minha renda de casa, por um bom tempo, por uns meses”.

Porque as necessidades precisam ser supridas, Ermelinda não consentiu ficar parada e apostou no auto-emprego. Ela aprendeu a fazer biscoitos fritos, conhecidos como “txobobos”, para vender. E é deste negócio que ela sobrevive.

O IMPACTO

Desde Abril, mês em que foi decretado o Estado de Emergência, a Agosto passado, foram registadas na plataforma “emprego.co.mz” 13.240 candidaturas, o que representa um acréscimo de 76% comparando ao igual período do ano anterior.

Na plataforma de trabalho informal “Biscate” houve registo de 955 trabalhos entre Janeiro a Agosto deste ano, uma redução de 12%, comparando com igual período do ano anterior.

Os dados acima referidos foram concedidos pela UX, empresa de tecnologia que criou as referidas plataformas de emprego formal e informal.

“As pessoas que procuram as vagas passam mais tempo no site a ver um maior número de vagas (..). Neste período, o que reparamos é que as pessoas olham para quatro, cinco, seis vagas”, explicou Tiago Coelho, director executivo da UX.

Mas, nem tudo foi mal neste período, segundo Mauro Mahumane, representante da Precision Recruitment International, ou, simplesmente, P.R.I, empresa multinacional de consultoria em recursos humanos e recrutamento. Alguns sectores ofereceram mais emprego em tempos de pandemia.

Mauro apontou o sector de mineração, alimentação e transporte como os que mais procuraram os serviços da P.R.I para recrutar trabalhadores.

Enquanto dados da UX mostram que o sector que mais divulgou vagas na plataforma “emprego.co.mz” foi o de Saúde, com 63 das 910 vagas publicadas entre Janeiro e Agosto deste ano. A seguir está o sector de Finanças, com 62, e por fim, o sector de Supervisão e Coordenação, com 61 vagas.

CONSEQUÊNCIAS PERMANENTES

Apesar de Mauro acreditar que não existirá um período “pós-COVID”, ele explica que a pandemia deixará cicatrizes no mercado de emprego e quem quiser sobreviver precisará adaptar-se ao “novo normal”.

“Como estamos parados, temos que fazer formações, participar em webinars, actualizar os nossos CV’s (currículos vitae) ”, disse Mauro.
Tiago Coelho antevê um advento do trabalho remoto, pois a pandemia mostrou haver posições que são mais produtivas com os colaboradores fazendo os seus trabalhos a partir de casa, o que mudará as dinâmicas do emprego como conhecemos.

Algumas funções que demandam presença física, como os serviços de limpeza de escritórios ou administração dos mesmos podem ser grandemente impactados com isso.

E porque readaptação é a palavra de ordem, Ermelinda está hoje a aprender corte e costura para suprir as suas necessidades. E é este o conselho que ela deixa a todos que se encontram na mesma situação que ela.

 

Mais uma pessoa morreu por COVID-19 em Moçambique. O homem, de 44 anos de idade, é da província de Maputo, onde estava internado, segundo o Ministério da Saúde. A instituição explicou que o paciente ficou a saber que estava infectado no dia 15 de Setembro em curso e a morte foi declarada no dia 17.

É o segundo óbito que o Ministério da Saúde anuncia em 24 horas.

Assim, o país soma 41 mortes por causa do novo Coronavírus, 24 das quais na cidade de Maputo, cinco em Nampula, três na província de Maputo, duas em Tete, igual número em Manica, outros dois em Gaza, uma na Zambézia e outra em Sofala.

Além do aumento de mortes devido à COVID-19, as hospitalizações também disparam a cada dia. O país regista um total de 153 indivíduos internados em diferentes unidades sanitárias, desde que a doença surgiu no território nacional. Destes pacientes, de acordo com o Ministério da Saúde, 37 continuam a lutar pela vida nos hospitais da cidade de Maputo (33), Gaza (02), Zambézia (01) e Tete (01).

Em relação de número de infectados, subiu para 6.537, com o registo, de sexta-feira para sábado, de mais 273 casos.

Dos novos pacientes reportados pela Saúde, 139 são da cidade de Maputo e 65 da provínvia de Maputo. As duas percelas do país registam um cumulativo de 2.752 e 1.136 casos, respectivamente. São os locais com maior número, de todos os casos (6.537) já detectados desde 22 Março passado, período em que o Ministério da Saúde anunciou o primeiro paciente.

Segundo as autoridades sanitárias, mais 118 pessoas ficaram livres da COVID-19, sendo 56 na provínvia de Cabo Delgado, 38 na província de Maputo e 24 na capital moçambicana.

Com esta actualização, o número de pessoas curadas após infecção pelo vírus subiu para 3.620, o que corresponde a 55.3% do total de infectados (6.537).

Neste momento, há no país 2.872 pessoas ainda com a COVID-19 e cumprem as orientações da Saúde.

A Associação Black Bulls é a primeira equipa do Moçambola a ter casos positivos do novo Coronavírus. A direcção da equipa decidiu pelo isolamento de todos elementos que acusaram positivo no seu Complexo Desportivo, Na Matola.

É a primeira grande situação dos testes da COVID-19 para os clubes autorizados a retomarem os treinos, no âmbito do relaxamento para a retoma dos treinos. A Associação Black Bulls, terceiro clube a submeter seus jogadores, equipa técnica e todo staff ao teste de despiste do novo Coronavírus, tornou-se no primeiro clube a ter casos positivos da pandemia.

“Conforme havíamos anunciado na nossa plataforma digital, submetemos a testes de despiste do novo Coronavírus a 53 colaboradores da Associação Black Bulls, em cumprimento do protocolo sanitário aprovado para a retoma do futebol. Ontem obtivemos os resultados e obviamente que alguns não foram satisfatórios, tanto é que temos alguns casos positivos, dentro dos nossos testados” disse Dino Dulá, Director Desportivo da Associação Black Bulls.

A direcção da equipa diz que foi com surpresa que recebeu os resultados dos testes realizados no passado domingo, e mesmo sem especificar o número dos casos positivos, já tomou as devidas precauções.

Dino Dulá diz que “todos os casos positivos já se encontram em isolamento domiciliário e neste momento há um acompanhamento que está a ser feito pela nossa equipa médica em coordenação com as entidades legais, neste caso o Ministério da Saúde” e por isso com os melhores cuidados.

A Black Bulls assegura que está a ser levado a cabo um trabalho posterior com os contactos dos casos positivos uma vez que “estamos já a rastrear os contactos desses casos que acusaram positivo”, disse Dulá.

Facto mesmo é que esta situação compromete o plano inicialmente traçado para retoma aos treinos da colectividade. Uma situação para a qual o Director Desportivo da Black Bulls lamenta.

“Isto vai, de certeza, baralhar aquilo que era o nosso programa de treinos e não vamos retomar de imediato, conforme havíamos planeado, temos é que esperar mais algum tempo, porque daqui a oito dias, os que acusaram positivo vão a uma nova testagem e em função disso decidiremos quando vamos retomar os treinos, porque entendemos que a saúde é um bem que deve ser privilegiado, deve estar acima de qualquer situação ou de qualquer pretensão, relativamente aos treinos” frisou Dino Dulá.

A Black Bulls insta aos moçambicanos a tomarem todas medidas de prevenção de combate a COVID-19, até porque “isto é uma realidade”.

 

“Ficar em casa durante a pandemia da COVID-19 é para fracos”, disse esta sexta-feira o Chefe do Estado brasileiro, num evento no estado de Mato Grosso, no centro-oeste do Brasil.

Na ocasião, segundo a Lusa, Jair Bolsonaro, parabenizou um grupo de agricultores que em meio a dificuldades causadas pela pandemia manteve a sua rotina de produção.

“Vocês não pararam durante a pandemia. Vocês não entraram na conversinha mole de ficar em casa. Isso é para os fracos”, disse o Bolsonaro a produtores rurais.
“Sempre disse que o vírus era uma realidade, e tínhamos de enfrentá-lo. Nada de se acovardar perante aquilo de que não podemos fugir”, acrescentou.

Para Jair Bolsonaro o agronegócio deu segurança alimentar ao país.

“O agronegócio, em grande parte, evitou que o Brasil entrasse num colapso económico, e mais do que isso: deu-nos segurança alimentar, não só a 210 milhões de brasileiros, bem como mais de mil milhões de outras pessoas que vivem ao redor do mundo”, salientou Bolsonaro.

 

O Banco Mundial e o Governo do Egipto entregaram, hoje, ao Ministério da Saúde moçambicano diverso material médico para o combate à pandemia do novo Coronavírus. A oferta inclui dinheiro.

Foram entregues ventiladores, ecógrafos, aparelhos de Raio X e equipamentos de protecção individual para os profissionais de saúde que estão na linha da frente de combate ao novo Coronavírus. A prioridade será dada aos centros de isolamento de pacientes com o vírus, mormente na cidade de Maputo, onde há cada vez mais pessoas infectadas.

Emre Ozaltin, do Banco Mundial, esteve no Armazém Central de Medicamentos de Zimpeto, em Maputo, para testemunhar a entrega do material médico. Disse que foram mobilizados 270 milhões de dólares para apoiar Moçambique na resposta à COVID-19.

No geral, “o apoio do Banco Mundial ao Ministério da Saúde é de cerca de 22 milhões de dólares americanos”, valor que “inclui o apoio a várias áreas que envolvem procurment, recursos humanos e operacionalização da resposta à COVID-19”, explicou Emre Ozaltin, para quem o valor inclui ainda “materiais de testagem, rastreio de contactos”, entre outras finalidades.

“Nós disponibilizamos esse dinheiro para o Ministério da Saúde que vai decidir o melhor caminho a aplicar na resposta à COVID-19 em Moçambique”, afirmou Emre Ozaltin.

O Egipto, através do embaixador acreditado no país, Hatim Elalfy, fez a entrega ao ministro da Saúde, Armindo Tiago, de 150 mil dólares. O montante é igualmente destinado à luta contra o novo Coronavírus.
Por sua vez, Armindo Tiago disse que com a ajuda do Banco Mundial e do Egipto, Moçambique eleva a capacidade de resposta à COVID-19.

O equipamento vai melhorar a capacidade de enfrentar o vírus nos locais de internamento por causa da COVID-19 “em todo país, mas a prioridade vai ser para a cidade de Maputo”.

Refira-se que os equipamentos oferecidos já estão a ser enviados às unidades sanitárias.

Moçambique tem 6.264 casos da COVID-19, dos quais 2.613 na cidade de Maputo e 1.071 na província de Maputo. Estes são os dois locais do país com maior número de pacientes infectados, seguidos Cabo Delgado, com 686, Nampula, com 568, e Zambézia, com 310.

 

Mais um paciente perdeu a vida devido ao novo Coronavírus, após um dia sem registo de mortes pela doença. Segundo o Ministério da Saúde, o paciente de 67 anos de idade, do sexo masculino e de nacionalidade moçambicana, perdeu a vida após o agravamento do seu estado clínico, durante o período de internamento numa unidade hospitalar da cidade de Maputo.O caso foi notificado no dia 3 deste mês e o óbito foi declarado no dia 17.

Moçambique conta, actualmente, com 40 óbitos causados pela COVID-19.

Num comunicado, as autoridades sanitárias anunciaram ainda que mais 109 pessoas ficaram livres da doença, dos quais, 80 na província de Cabo Delgado e 29 na cidade de Maputo.

Dos recuperados, 107 são indivíduos de nacionalidade moçambicana e dois são estrangeiros.

“Actualmente, 3.502 (55.9%) indivíduos previamente infectados pelo novo Coronavírus estão totalmente recuperados da doença”, informou a fonte.

Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde realizou 1.709 testes da COVID-19 em pessoas suspeitas, destas, 103 testaram positivo para a doença. Todos os 103 casos reportados hoje são de transmissão local. Destes, 102 são indivíduos de nacionalidade moçambicana e um é estrangeiro.

Assim, aumentou de 6.161 para 6.264 o número de pessoas infectadas pela COVID-19 em todo o território nacional.

De acordo com o Ministério da Saúde, a cidade de Maputo registou o maior número de casos (57), correspondendo a 55.3% do total dos casos reportados em todo o país, seguida pela Província da Zambézia com 18 casos (17.5%).

Neste momento, o País tem 2.718 casos activos da COVID-19.

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