O País – A verdade como notícia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou esta segunda-feira o Centro Médico Nacional Militar Walter Reed, em Maryland, após receber alta hospitalar. Diagnosticado com COVID-19, Trump estava internado desde sexta-feira e agora seguirá com o tratamento na Casa Branca.

Informações avançadas pela Euronews indicam que momentos depois de receber alta, Donald Trump recorreu ao Twitter para deixar uma mensagem aos norte-americanos.

“Aprendi muita coisa sobre o novo Coronavírus e uma dessas coisas é: não deixem que ele vos domine. Não tenham medo porque vão conseguir vencê-lo”, afirmou, elogiando os profissionais de saúde e os equipamentos médicos ao dispor no país.

Usando máscara, Donald Trump percorreu a pé a curta distância entre a porta do hospital e o carro oficial que o levou ao helicóptero que o conduziu à Casa Branca. Levantando várias vezes o punho cerrado e o polegar em sinal de força e de que está tudo bem, o chefe de Estado ignorou as perguntas dos jornalistas que o questionaram sobre o número de pessoas actualmente infectadas na Casa Branca e sobre se se considerava um supertransmissor da COVID-19, escreve o Notícias ao Minuto.

Citado pelo Notícias ao Minuto, o líder norte-americano voltou a reforçar que há dois dias se sentiu melhor do que há 20 anos e fez sobressair que “como líder” teve de enfrentar o vírus e vencê-lo.

“Agora estou melhor e talvez até esteja imune. Não sei. Mas não deixem que o novo Coronavírus domine a vossa vida”, afirmou Trump.

Aos 74 anos, e depois de um tratamento de choque com medicamentos normalmente reservados aos casos mais graves da COVID-19, o Presidente dos Estados Unidos quer mostrar-se pronto para voltar à campanha eleitoral. Mas os médicos têm ainda reservas.

“Continuamos todos cautelosamente optimistas e vigilantes, porque estamos num território pouco conhecido no que toca a um paciente que recebeu as terapias que ele recebeu tão cedo,” afirmou Sean Conley, médico pessoal do chefe de Estado norte-americano, citado pela Euronews.

Segundo a Euronews, na chegada à Casa Branca, Trump saiu mais uma vez sozinho do helicóptero. Ainda na varanda do número 1600 da Avenida da Pensilvânia tirou a máscara, desafiando todas as recomendações.

Duzentas e cinquenta e duas pessoas recuperaram da COVID-19, elevando o total para 6.104 no país. Destes, o grosso é da capital do país, com 1.849. Contudo, outros 100 indivíduos testaram positivo, subindo 9.296, há seis meses.

Dos recuperados, 128 são da província da Zambézia, 79 da província de Maputo, 22 da cidade de Maputo, oito de Inhambane e quatro de Cabo Delgado, disse o Ministério da Saúde.

Um comunicado daquela instituição esclarece que, dos 252 recuperados, 242 são moçambicanos e 10 estrangeiros (um indiano e nove chineses).

Entretanto, outras 100 pessoas foram diagnosticadas com o novo Coronavírus. O total de infectados aumentou para 9.296, dos quais 4.251 da cidade de Maputo e 1.606 da província de Maputo.

O cumulativo de pacientes internados é de 253 e destes, 48 continuam acamados e a maior parte na cidade de Maputo. Vinte e oito estão em estado grave, um em estado crítico e 19 em estado moderado, refere o Ministério da Saúde.

Neste momento, 5.673 pessoas cumprem quarentena domiciliária no país. Um total de 2.269 são contactos de pessoas infectadas e estão em seguimento.

O número de óbitos mantém 66, dos quais 46 na cidade de Maputo, segundo o Ministério da Saúde.

Apesar de ainda não ter recebido alta, o presidente norte-americano, Donald Trump, infectado com a COVID-19, atreveu-se a dar, este domingo, um breve passeio de veículo pelo quintal do hospital militar Walter Reed, de onde acenou para os seus apoiantes, escreveu a CNN.

Segundo avançou o canal de notícias (CNN), o presidente foi transportado por um veículo dos Serviços Secretos, onde foi fotografado a acenar a quem o esperava à porta do hospital, onde está internado desde sexta-feira.

Entretanto, alguns especialistas de saúde norte-americanos reagiram a este passeio surpresa, acusando o presidente de ser imprudente e continuar a menosprezar a seriedade do vírus. Por exemplo, o chefe de medicina de desastres da Universidade George Washington escreveu no twitter que todas as pessoas que estiveram com Trump no veículo devem ser submetidas à quarentena. E correm risco de morte por causa deste teatro político e insano.

O Dr. James Philips acrescentou que o risco de contaminação continua alto mesmo dentro do veículo.

Já Celine Gounder, especialista em doenças infeciosas na Universidade de Nova Iorque classificou a gestão de pandemia pela Administração Trump como desastrosa, dando eco a crítica do professor de medicina da Universidade da Columbia sobre a irresponsabilidade do presidente. Desde sexta-feira que Trump está internado, depois de ter registado febre e dificuldades de respiração naquela manhã.

Entretanto, a sua equipa médica avançou que o presidente poderia ter alta ainda esta segunda-feira e voltar para Casa Branca onde há equipamento suficiente para continuar com procedimentos médicos.

 

A China somou, no domingo, 50 dias consecutivos sem registar  transmissões locais com o novo Coronavírus, mas detectou 20 casos importados, anunciou hoje a Comissão de Saúde do país.

Dez dos casos importados foram diagnosticados em Xangai (leste) e outros tantos nas províncias de Sichuan  (sudoeste, três), Mongólia Interior (norte, dois), Fujian  (sudeste, dois), Shanxi  (norte, um), Jiangsu  (leste, um) e Guagandong  (sul, um), escreve o Notícias ao Minuto.

O número total de infectados activos na China continental é de 208, um dos quais permanece em estado grave.

A Comissão de Saúde da China não anunciou novas mortes por COVID-19. Dos 85.470 infectados na China desde o início da pandemia, 4.634 pessoas morreram e 80.628 já superaram a doença, diz o Notícias ao Minutos.

A COVID-19 matou mais duas pessoas, este sábado e domingo, na cidade de Maputo. As vítimas, do sexo masculino, são moçambicanas e tinham sete e 89 anos de idade, segundo o Ministério da Saúde.

Os pacientes ficaram a saber que estavam infectados no dia 22 de Setembro passado. Assim, Moçambique soma 66 óbitos devido à COVID-19. Destes, 46 foram registados na capital do país, onde um cumulativo de 4.222 pacientes com Coronavírus.

Até este momento, o país conta com um cumulativo de 249 pacientes internados por causa do novo Coronavírus, dos quais 44 encontram-se nos centros de internamento.

“Maior parte destes pacientes encontra-se na cidade de Maputo. Os pacientes internados padecem de patologias crónicas diversas, sendo que as mais frequentes são a hipertensão e as diabetes”, diz um comunicado do Ministério da Saúde, enviado ao “O País”.

O país registou mais 116 pessoas totalmente recuperados da COVID-19, das quais 70 em Nampula, 17 em Inhambane, 15 na Zambézia e 15 em Cabo Delgado.

Deste modo, actualmente há 5.852 (63.6%) indivíduos recuperados da doença.

Entretanto, outras 147 pessoas testaram positivo para o novo Coronavírus, entre elas 104 na cidade de Maputo.

O total de infectados pela COVID-19 em Moçambique aumentou para 8.901, desde Março deste ano, altura em que o Ministério da Saúde anunciou o primeiro paciente com a doença. Destes indivíduos, 3.274 são activos.

Depois de 10 meses do início da pandemia do novo Coronavírus, registou-se hoje o primeiro caso positivo da doença nas Ilhas Salomão, no Pacífico Sul.

As Ilhas Salomão deixam assim a lista dos países não afectados pela pandemia tal como Kiribati, Ilhas Marshal, Micronésia, Nauru, Palau, Samoa, Tonga, Tuvalu e Vanatu e todos os territórios oceânicos, escreve o Notícias ao Minuto.

O primeiro caso positivo é de um estudante repatriado das Filipinas, que testou negativo em vários testes nesse país, contudo, não apresenta nenhum tipo de sintomatologia.

“Dói-me dizer que perdemos o nosso estatuto de nação livre da COVID-19, apesar do nosso esforço colectivo para prevenir a entrada da pandemia”, disse o primeiro-ministro, Manasseh Sogavare, numa mensagem transmitida na televisão, este sábado.

O isolamento geográfico das nações insulares do pacífico ajudou-as a escapar da pandemia e os seus governos trabalham para evitar o contágio, uma vez que a COVID-19 poderia saturar, rapidamente, os seus frágeis sistemas de saúde.

O país registou 141 pessoas recuperadas da COVID-19. A maioria é da Cidade de Maputo, que teve 79 novos recuperados. Mas houve aumento também de infectados.

 

Os números sobre a COVID-19, hoje, são animadores. Houve registo de 141 pessoas recuperadas da doença, sendo que a maioria foi registada na Cidade de Maputo.

Lembre-se, a capital do país é a que tem mais casos da COVID-19 e o maior número de casos activos em relação aos recuperados. Mas os dados avançados pelo Ministério da Saúde deixam uma margem muito reduzida entre os casos activos e recuperados na capital.

Há 1854 casos activos e 1827 casos recuperados e se a tendência for de mais casos recuperados em relação aos novos, o cenário na capital poderá mudar.

Quanto aos novos casos no país, houve, nas últimas 24 horas, 70 casos da COVID-19 e o cumulativo elevou-se para 9049, dos quais 5736 estão recuperados. Há ainda pessoas que cumprem quarentena, sendo o total de 5440.

As viagens internacionais ligando Moçambique e países vizinhos, como é o caso da África do Sul, por via rodoviária, ainda não retomaram em pleno em diferentes terminais da Cidade de Maputo, mesmo com a reabertura das fronteiras anunciadas a 1 de Outubro. Os transportadores apontam a obrigatoriedade de apresentar o teste negativo da COVID-19 como obstáculo.

 

Bakwena Suping é cidadã sul-africana. Está no terminal da Junta, na Cidade de Maputo, na companhia do seu filho menor. Ambos pretendem regressar à terra natal, através de um dos miniautocarros mais conhecido por “sprinter”. E porque há COVID-19 nos dois países (Moçambique e África do Sul), ela deve apresentar às autoridades migratórias comprovativo de teste negativo da COVID-19 feito nas últimas 72 horas. Bakwena não fez o teste da COVID-19, mas pretende embarcar até Johannesburg, sua cidade de origem, nessas condições. Ela estará sujeita ao cumprimento da quarentena institucional durante 10 dias e com todos custos das despesas imputadas a ela. E numa breve conversa, confessou não ter feito o teste e diz que tudo vai se definir pela frente.

“Estou cansada de ficar num país que não é o meu, só quero regressar a casa. Coronavírus fechou-me, mas pretendo regressar”, disse.

Ainda no terminal da Junta, conversamos com Arcélio Zandamela, que é transportador internacional. Contou que no dia da reabertura das fronteiras (01-10-2020) levou 15 passageiros da África do Sul com destino a Maputo, mas diz que no sentido inverso não há passageiros porque, segundo suas palavras, a obrigatoriedade de apresentação do teste inibe as viagens. “Até agora, ainda não está melhor, não está nada melhor, por causa das restrições, porque se precisa de teste da COVID-19 e está a ser difícil para as pessoas por causa dos preços. As pessoas reclamam muito, mas por causa dos preços. Não levo ninguém sem teste, mesmo ontem, vieram aqui pessoas e não tinham teste, eu disse não vale a pena seguir viagem sem teste da COVID-19”, disse o jovem motorista que tenta angariar passageiros para os levar a África do Sul.

Nelson é controlador do trafego na rota Johannesburg-Maputo, conta que os passageiros vem ao terminal, mas são mandados voltar por falta de comprovativo do teste negativo da COVID-19, que pode variar entre 3 a 6 mil meticais. “Gostaria que o governo fizesse uma ideia para nós, que o Ministro dos Transportes e Comunicações e o Ministro da Saúde possam fazer uma ideia para nós e baixarem os preços dos testes do coronavírus para os passageiros, para que eles possam viajar novamente porque os preços sãos altos “.

O terminal dos transportes rodoviários internacional da baixa da cidade de Maputo estava abandonado. O guarda daquelas instalações disse que desde a eclosão do novo coronavírus, há precisamente seis meses, nenhum carro apareceu naquele terminal para embarcar ou desembarcar passageiros, mesmo com a reabertura das fronteiras.

 

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua esposa, Melania Trump, confirmaram esta sexta-feira que testaram positivo para a COVID-19, segundo a imprensa internacional. O anúncio foi feito pelo presidente norte-americano através da sua conta no Twitter.

“Hoje à noite, Melania e eu testamos positivo para a COVID-19. Vamos começar a nossa quarentena e o processo de recuperação imediatamente. Vamos ultrapassar isto juntos!”, escreveu Trump no Twitter, na madrugada desta sexta-feira, escreve a Reuters.

A notícia chega horas depois de o Presidente norte-americano ter anunciado que uma das suas principais assessoras, Hope Hicks, estava infectada com o novo Coronavírus.

A primeira-dama, Melania Trump, também recorreu ao Twitter para comentar a situação.

“Assim como muitos norte-americanos fizeram este ano, o Presidente norte-americano e eu estamos em quarentena em casa depois de termos testado positivo para a COVID-19. Sentimo-nos bem e adiamos todos os compromissos que tínhamos agendado”, lê-se na publicação da primeira-dama, citada pela Renascença.

Os Estados Unidos registaram 884 mortos e 46.164 infectados com o novo Coronavírus, nas últimas 24 horas, segundo a Universidade Johns Hopkins, citada pela Euronews. Com estes dados o país atingiu um total de 207.743 óbitos e 7.273.943 casos confirmados na segunda-feira.

 

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