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COVID-19: Persiste desrespeito às medidas de prevenção em Manica

Depois da província e cidade de Maputo, Manica ocupa posições cimeiras quanto aos casos da COVID-19 no país. A cidade de Chimoio regista maior número de infecções.

Há duas semanas, por exemplo, os casos da COVID-19 em Manica oscilavam entre sete e 20 por dia. Mas, nos últimos dias, os números aumentaram, passando de 80 para 125 a média diária, o que coloca a província em situação de alarme. Em termos de óbitos, os dados apontam, neste momento, para um cumulativo de 10.

O “O País” escalou, esta quarta-feira, o maior mercado da província, baptizado pelo nome de Francisco Manyanga, vulgo 38 milímetros. Naquele local, a equipa do jornal constatou que as máscaras, grosso modo, ficam nos queixos ou nos bolsos dos vendedores e compradores, apenas usadas quando veem os agentes da Polícia ou jornalistas.

Para os que desobedecem às medidas de prevenção do novo Coronavírus, razões para justificar o seu incumprimento não lhes faltam. Uns alegam que tiram máscaras para comer e, depois, esquecem-se de colocá-las. Outros justificam problemas respiratórios.

Carla Moisés vende feijão no mercado 38 milímetros. Encontrámo-la empenhada no seu negócio. Tudo corria normalmente, mas não trazia máscara. Questionada, respondeu que só a usa quando recebe muitos clientes.

Manuel Joaquim tem outra justificação: “eu sempre fico com máscara. Só que tirei há pouco tempo para comer uma banana e esqueci de voltar a usar”.

O secretário de Estado de Manica, Edson Macuácua, efectuou uma visita relâmpago àquele mercado e mostrou-se insatisfeito com o nível de desobediência às medidas, de prevenção.

Para Macuácua, não faz sentido que numa cidade de pessoas “bem informadas” como Chimoio, onde quase todos têm acesso aos meios de comunicação social e dominam o uso das redes sociais, os cidadãos continuem a pautar por desobediência, contribuindo para o aumento exponencial de casos da COVID-19.

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