Continua o conflito entre comunidades de Moatize e as mineradoras do carvão, com destaque para a Vulcan, uma das que está no epicentro das reivindicações das populações locais. Oleiros e agricultores exigem pagamento de indemnizações e fim da poluição, escreve a DW.
A situação tem gerado nos últimos meses uma série de manifestações contínuas por parte dos oleiros e agricultores de Moatize, em Tete, que exigem pagamentos das compensações pelas terras, que estão em atraso há mais de sete anos.
Os descontentes têm se amotinado regularmente defronte do governo municipal e distrital para exigirem respostas, para além de frequentemente invadirem a mina da Vulcan para forçar uma possível resolução do problema.
Os lesados lamentam a fraca intervenção do Governo, acusando-o de nada fazer para apoiar as comunidades que se sentem abandonadas nesta luta que dura há mais de 7 anos.
O presidente do conselho municipal da cidade de Moatize, Carlos Portimão, reconhece o problema mas defende uma actuação organizada para que haja algum consenso, enquanto a secretária de Estado na província de Tete, Cristina Mafumo, defende que deve haver um fim destes conflitos.
Segundo escreve a DW, a empresa Vulcan recusa falar à imprensa sobre o assunto, estando neste momento a trabalhar num novo reassentamento em Nhamitsatsi para onde serão deslocadas 200 famílias das comunidades de Ntchenga e Mpandue no distrito de Moatize.

