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Contexto exige urgência na priorização do sector da defesa, diz ministra do Interior

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A ministra do Interior defende que o país deve tomar decisões rápidas para enfrentar as actuais ameaças à estabilidade no país. Arsénia Massingue defende, por isso, que o Estado deve dar mais prioridade à defesa e segurança.

O país vive sob ameaça constante de novos ataques terroristas em Cabo Delgado. Associado a isso, está a manifestação de outros tipos de crime organizado que é facilitado pela porosidade das fronteiras nacionais. Para Arsénia Massingue, ministra do Interior, já é tempo de agir e dar robustez ao sector da defesa e segurança.

“Importa reconhecer e reiterar a vulnerabilidade existente nas nossas fronteiras, o que requer de nós, como Forças de Defesa e Segurança, a necessidade de avançar para diálogos mais aprofundados, no sentido de identificar novas estratégias de cooperação com acções concertadas, para fazer face aos desafios que nos são impostos”, introduziu para, em seguida, avançar que “O actual contexto de segurança nacional, regional, continental e internacional conheceu grandes mutações e exige um agregado de respostas rápidas e eficientes dos Estados a nível regional e mundial. As respostas, cuja urgência não podemos hoje ignorar, implicam atribuição duma nova prioridade estratégica à defesa e segurança, quer no plano interno dos Estados, quer no processo de construção de um complexo regional de segurança, criando parcerias que permitem a construção de uma base de confiança segura entre os países vizinhos”, defendeu.

A governante, que falava no encerramento da 14ª Sessão da Comissão Conjunta Permanente de Defesa e Segurança entre Moçambique e Malawi, reiterou que os dois países só vão lograr sucessos se trabalharem em conjunto.

“O sucesso da cooperação no sector da defesa e segurança entre a República de Moçambique e a do Malawi está na nossa capacidade de trocar e compartilhar informações e experiências, a vários níveis nos três comités (defesa, segurança pública e segurança do Estado). É nossa missão defender a terra, as águas territoriais, as zonas económicas, os recursos naturais e as infra-estruturas de desenvolvimento, elementos determinantes para o crescimento dos nossos países”, disse Arsénia Massingue.

 “Precisamos, por isso, de reforçar a nossa capacidade de actuação, através da antecipação e redução de actividades de risco nas áreas fronteiriças, com impacto negativo nos nossos territórios. Com este cometimento, estaremos a cumprir o requisito prévio para a segurança humana e estabilidade política, crescimento económico, desenvolvimento sustentável e integração económica regional”, acrescentou.

 

MALAWI DIZ QUE COOPERAÇÃO NA ÁREA DEVE SER MELHORADA

Por seu turno, a ministra da Segurança Interna do Malawi defendeu maior articulação e cooperação entre os dois Estados para acabar com os males que colocam em causa a estabilidade das duas nações.

“A cooperação entre os nossos países não está a um nível em que desejamos que estivesse. Registamos alguns tipos de crimes transnacionais, incluindo roubo de veículos, imigração ilegal, tráfico de seres humanos e de drogas e outros crimes fronteiriços que põem em causa a segurança e a estabilidade dos nossos países. À medida que deliberamos e cooperamos em quaisquer questões, devemos estar cientes do que acontece ao nosso redor, como terrorismo, assistência a pessoas, guerras e ciclones, e muitos outros aspectos. Nesse sentido, precisaremos de estender a nossa cooperação nestas áreas com potencial para desestabilizar os nossos países.”

A 14ª Sessão da Comissão Conjunta Permanente de Defesa e Segurança entre Moçambique e Malawi vinha decorrendo desde a última terça-feira, em Maputo.

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