Uma comissão de inquérito vai averiguar as circunstâncias em que ocorreu a evasão dos reclusos da cadeia central e cadeia de máxima segurança. A informação foi avançada, hoje, pelo vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Filimão Suazi, que acrescentou que, em relação aos reclusos que morreram, está a ser analisado caso a caso, mas há um grupo que foi recapturado já ferido e não resistiu.
O vice-ministro da justiça visitou a cadeia central, onde lhe foi apresentado pontos sobre a fuga de reclusos daquela unidade penitenciária. Filimão Suazi avançou que foram destruídos vários objectos durante a evasão.
“Desde incêndio a algumas instalações tecnicamente chave, refiro-me, por exemplo, ao sector de controlo penal, em que incendiaram os processos, incendiaram os computadores e, acto curioso, é que, em algumas situações, antes de incendiarem os computadores, retiraram os discos duros”, explicou.
Essa destruição, segundo Suazi, refuta as ideias de que haverá alguma conivência da polícia com a fuga dos reclusos. “Isto deve funcionar para esclarecer as pessoas e desmistificar algumas coisas que foram ditas e que estão longe da verdade. Se intenção fosse nossa, o que nunca aconteceria, porque seria estranho, de simplesmente abrir os portões e libertar reclusos, teríamos feito, porque a chaves estão connosco”.
Em relação aos reclusos mortos, o vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos garantiu que está sendo feita a averiguação de cada caso. No entanto, “há situação de reclusos recapturados, que, na altura em que foram entrevistados, estavam feridos (…) há aqueles que, tendo prestado entrevista, na deslocação para o hospital ou no exercício de voltarem para o estabelecimento penitenciário, depois tomar o transporte para o hospital, alguns perderam a vida, não resistiram”.
E diz mais: “não há a nível do serviço penitenciário nacional qualquer serviço destinado a eliminação de reclusos”.
Filimão Suazi avançou que foi criada uma comissão de inquérito para investigar todo o enredo sobre a evasão de reclusos, e que a família e a comunidade tem trabalhado para a recaptura de vários reclusos.