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Comboio descarrila com 300 passageiros a bordo em Marracuene

Foto: O País

Um comboio com cerca de 300 passageiros descarrilou, hoje, em Marracuene, Província de Maputo, sem causar vítimas humanas nem danos. Foram necessárias duas horas para devolver a locomotiva aos carris.

Uma locomotiva pertencente à Empresa Portos e Caminhos-de-ferro de Moçambique (CFM) descarrilou, esta sexta-feira, por volta das 4h55min numa passagem de nível, em Marracuene.

O comboio puxava 13 carruagens que partiram do distrito da Manhiça, Província de Maputo, com destino à Cidade de Maputo, com cerca de 300 passageiros, que seguiam viagem através da linha de Limpopo com mais de 500 quilómetros que faz a ligação entre Chicualacuala, na Província de Gaza, e a capital do país. Quando chegaram a uma passagem de nível, em Marracuene, a locomotiva descarrilou sem causar danos humanos, como explicou Iara Popinsky, chefe do Serviço de Transporte de Passageiros nos CFM.

“Por causa das chuvas torrenciais, tivemos deslizamento de terras, que acabou por soterrar a linha férrea e criou o descarrilamento da locomotiva; havia cerca de 300 pessoas e fizemos transbordo dos passageiros para o transporte público e seguiram para os seus destinos. Apenas o comboio ficou imobilizado, sem vítimas nem danos”, referiu.

Com o comboio fora dos carris, os cerca de cinco mil residentes da  localidade turística de Macaneta ficaram, momentaneamente, isolados da vila distrital de Marracuene e, consequentemente, do resto do país. Como consequência, muitos viram os seus afazeres comprometidos.

“É um constrangimento, as pessoas não conseguem passar. Mesmo eu vou a Macaneta e não sei como chegar lá”, disse Carlos Baloi.

Mesma situação passou-se com Timóteo Jeremias: “É uma situação desagradável; eu cheguei aqui às 7 horas e encontrei esta situação. Vou em missão de serviço a Macaneta, mas, devido a esta situação, não podemos atravessar”.

Enquanto os técnicos da empresa pública Portos e Caminhos-de-ferro de Moçambique mexiam nos macacos hidráulicos, para remover a areia que cobria a linha férrea, algumas pessoas passavam pela carruagem para fazer a travessia.

Depois de duas horas, o comboio começou a apitar e, com o motor já a roncar, a locomotiva seguiu viagem com destino à estação central na baixa da Cidade de Maputo, para verificação minuciosa e retoma de actividades. A linha férrea voltou a permitir a normal circulação de pessoas e bens naquele ponto de acesso à localidade de Macaneta.

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