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Combate ao crime organizado passa pela purificação de fileiras

A onda cada vez mais crescente de raptos nas principais cidades do país, tem revelado a participação de agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal e da Polícia.

O director Geral do SERNIC reconhece que há dentro da instituição, agentes infiltrados que colaboram com o mundo do crime e diz que a solução do crime organizado, passa pela purificação de fileiras “Para fazer face a criminalidade organizada e transnacional devemos ter um quadro de pessoal devidamente treinado e formado para, com devoção e perícia, exerça com plenitude a sua actividade profissional em estrita observância aos princípios da Instituição. Para tal, urge a purificação das fileiras, desmantelando aqueles que praticam ou colaboram com o crime organizado” argumentou.

Por outro lado, no âmbito da remoção de Moçambique da lista cinzenta, Nelson Rego reiterou a importância de acções operativas afinadas contra os crimes precedentes ao branqueamento de capitais e a detecção e desmantelamento de células terroristas em todo território nacional, e uma permanente de informações e incremento de troca de informações conjuntas transfronteiriças com Serviços congéneres “Relativamente ao financiamento do terrorismo, vamos seguir e rastrear todas fontes de origem ilícita de bens, serviços e valores monetários”

Nelson Rego defende ainda maior colaboração entre as autoridades e as comunidades, passando pela denúncia e recusa de pagamento de resgates “stamos cientes dos desafios que enfrentamos para garantir uma investigação à altura da actual criminalidade complexa, entretanto, quanto ao crime de rapto, reiteramos a nossa determinação na criação da unidade especializada para lidar com este tipo de crime organizado e a necessidade de reforçar os mecanismos de colaboração com as associações económicas e comunidade em geral na denúncia de potenciais delitivos, cativeiros e pedidos de pagamento de resgate” acrescentou Rego.

A procuradora Geral da República diz que diante da modernização do mundo do crime, as autoridades também devem ter técnicas modernas de investigação.

É que para Beatriz Buchili, é importante que os magistrados do Ministério Público e os investigadores do SERNIC, face a dinâmica da criminalidade, tenham o domínio das actuais normas processuais penais, dos procedimentos operacionais, das metodologias, técnicas e tácticas de investigação criminal, de modo a enfrentar com robustez os desafios da moderna criminalidade “já não se faz uma investigação criminal, usando métodos tradicionais” rematou Buchili

Os dirigentes falavam em Inhambane na 9a Reunião Nacional entre a Procuradoria Geral da República e o Serviço Nacional de Investigação Criminal, da qual se esperam autoridades de justiça menos burocráticas, para o bem do cidadão, tal como fez referência o Secretário de Estado em Inhambane.
Na reunião estão presentes investigadores do SERNIC e magistrados do Ministério Público de todo país.

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