A Comissão Nacional de Eleições mandou suspender o director distrital do STAE na cidade da Beira, na sequência das queixas do MDM sobre a manipulação do recenseamento eleitoral. A cessação de funções de Nelson Carlos do Rosário ainda não se efectivou, porque o STAE central ainda não cumpriu a ordem da CNE.
O Movimento Democrático de Moçambique disse, na semana passada, que teve acesso a um grupo de WhatsApp denominado “Supervisor do STAE Beira”, supostamente administrado pelo director distrital do STAE da Beira, Nelson Carlos do Rosário.
O referido grupo, segundo o partido, tinha como finalidade concertar, entre anomalias, formas de manipular o processo do recenseamento eleitoral e os dados de alguns eleitores.
A denúncia foi feita à Comissão Nacional de Eleições, o que motivou uma reunião esta quarta-feira, de onde saiu a decisão de suspender preventivamente o director distrital do STAE da Beira, Nelson Carlos do Rosário e todos os supervisores, de acordo com um comunicado de imprensa a que o “O País” teve acesso.
“Ao tomar conhecimento, a CNE iniciou diligências a fim de apurar a veracidade dos factos. Com efeito, foram tomadas algumas medidas, como a suspensão preventiva do director distrital do STAE da Beira e de todos os supervisores”, lê-se no documento em que a comissão avança que vai falar aos órgãos de comunicação social esta sexta-feira, para de forma aprofundada abordar as incidências do recenseamento eleitoral e outras matérias abordadas na quinta Sessão Plenária Ordinária de quarta-feira.
Por outro lado, a CNE assume, no documento, que ao longo dos cerca de 30 dias de recenseamento, houve irregularidades.
“A Comissão Nacional de Eleições (CNE) acompanhou, com muita preocupação, situações anómalas, não previstas na Lei do Recenseamento Eleitoral, relatadas através dos órgãos de comunicação social e pelas redes sociais.”