Desde domingo, tornou-se um martírio sair da Nhamatanda à cidade da Beira, na província de Sofala. As pessoas saem de Haluma de táxi-motas até Lamego, num troço de 10 quilómetros. Depois, deslocam-se de barcos, canoas ou optam por percorrer distância até à zona de Tica, onde sobem carros para Beira.
Entretanto, a Administração Nacional de Estradas afirma que o sofrimento tem dias contados, uma vez que na ponte sobre o rio Haluma, que desabou, já foi feito um desvio e até segunda-feira será concluído o segundo e último desvio na zona de John Segredo, onde 120 metros de estrada foram arrastados pela fúria das águas.
Mesmo assim, para os automobilistas, a reparação definitiva da EN6 é urgente porque já começa a trazer prejuízos.
A Administração Nacional de Estradas, por via do seu Director-geral, César Macuácua, diz que além da EN6 as obras de urgência para permitir a circulação condicionada de viaturas já decorrem na Estrada Nacional 260, na qual o desabamento da ponte sobre o rio Chizizira, em Sussundenga, província de Manica, deixou o distrito de Mossurize isolado do resto do país.
Enquanto isso, afinam-se os últimos preparativos para a partida, este sábado, do navio com cerca de 30 contentores de produtos diversos doados por singulares e empresas. Um gesto de solidariedade para com as vítimas do ciclone Idai na Beira.
O que se acompanhou ao longo da semana, foi um movimento de solidariedade jamais visto no país. São cidadãos que a todo o custo quiseram contribuir de várias formas para mitigar o sofrimento da população.