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“Cimentámos passos importantes para nos tornarmos decisivos na história do país”

O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, considera que os primeiros 100 dias da nova direcção foram marcados de várias realizações, que permitiram consolidar as actividades do sector privado.

Na cerimónia realizada, ontem, para reflectir sobre as realizações da CTA nos primeiros 100 dias, Agostinho Vuma começou por explicar que as acções que têm estado a desenvolver visam à realização da missão de construir e liderar, juntamente com todos os stakeholders da confederação, um ambiente de negócios, que coloque o sector privado como sujeito activo e fazedor da economia moçambicana, incentivando organizações empresariais a serem inclusivas, proactivas e prósperas.

Perante empresários, diplomatas, representantes dos parceiros de cooperação, de instituições financeiras e de diversas instituições públicas nacionais, o presidente da CTA deu destaque às realizações nos diferentes vectores de actuação da organização. No vector I, o do reforço da capacidade institucional, as acções da organização cingiram-se na reorientação do quadro do pessoal, no sentido de imprimir dinâmica na prestação de serviços e assistência diária às actividades da confederação, conferindo posse ao director-executivo adjunto, o que, segundo Vuma, permite que haja maior transparência nos actos administrativos de gestão.

No vector II, o do desenvolvimento de serviços de apoio empresarial, destaque vai para a preocupação relativa ao endividamento e condições de acesso ao financiamento pelo sector privado. Aqui, a CTA iniciou trabalhos com a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) no sentido de conferir apoio ao sector privado (o crédito é caro e de difícil acesso). Também no domínio deste pilar, a confederação lançou o Gabinete de Apoio Empresarial, que inclui a parte do mapeamento de projectos, tudo em busca de mais parcerias para as empresas nacionais. No âmbito da partilha de recursos com os associados, a CTA lançou o Fundo de Apoio Associativo como o objectivo de fortalecer o associativismo e desenvolvimento empresarial.

No pilar III, o da consolidação do diálogo público-privado, a organização lançou o “Prémio CTA Ambiente de Negócios”, que pretende incentivar o desenvolvimento de um jornalismo que contribua para a melhoria do ambiente de negócios e a promoção e divulgação de actividades desenvolvidas pelo empresariado nacional.

De um modo geral, a CTA considera, na voz do respectivo presidente, que “ao longo dos últimos 100 dias, cimentámos passos decisivos que tornarão o nosso mandato fecundo no desiderato de fazermos da confederação… um interlocutor decisivo na história do nosso Moçambique.
 

DESEQUILÍBRIOS NA BALANÇA DE PAGAMENTOS
O sector privado também deparou, neste período (de 100 dias), com dificuldades diversas. As impostas pelas condições económicas do país e que resultaram em desequilíbrios na balança de pagamentos devem ser enfrentadas em três perspectivas, nomeadamente, as despesas de funcionamento do Estado (congelamento de subsídios automáticos e outros disfarçados nas contas do Estado); as despesas de investimento (aposta na eficiência do investimento público) e a intervenção empresarial (reduzir os activos empresariais do Estado.

No encontro, ainda houve espaço para três apresentações que mostram as dificuldades e oportunidades que podem tornar o país competitivo nos diversos sectores de actividade. A Oram falou do agronegócio, o Millennium bim debruçou-se sobre os principais desafios do acesso ao financiamento e citou a Bolsa de Valores de Moçambique como uma fonte alternativa, e a Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) falou da competitividade dos nossos portos em relação aos da região. Aqui há vantagens relativas à localização geográfica, mas há que minimizar os custos para garantir competitividade.

 

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