Termina, esta quarta-feira, a cimeira da Aliança Atlântica em Vilnius, na Lituânia, com a participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Com a adesão da Suécia praticamente definida, a Aliança Atlântica não indica, para já, uma data para a entrada da Ucrânia, escreve a imprensa internacional.
De acordo com o programa oficial, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky vão dar uma conferência de imprensa conjunta, que antecederá a primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia.
Este conselho coloca a Ucrânia em pé de igualdade com os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, ainda que não faça parte dela.
“Faremos um convite à Ucrânia para aderir à Aliança quando os Aliados estiverem de acordo e as condições estiverem reunidas”, prometeu o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, citado pela DW.
De acordo com a fonte, o anúncio de Jens Stoltenberg não agradou Volodymyr Zelensky. Através de uma publicação na rede social Twitter, Zelensky afirmou que “a incerteza é fraqueza”.
O dirigente exigiu mais respeito pelo seu país e criticou a ambiguidade por causa da palavra “convite” e da imposição do cumprimento de condições.
“É absurdo e sem precedentes que não haja um calendário quer para um convite, quer para a adesão da Ucrânia”, frisou.
Mas Jens Stoltenberg recusa-se a falar em calendário, defendendo que “nunca houve um calendário. A adesão não é uma questão de calendário, mas uma questão baseada em condições”, explicou.
“O importante é que dispomos dos instrumentos necessários para garantir que a Ucrânia avance para a adesão, temos, pela primeira vez, o convite como parte da linguagem e, pela primeira vez, eliminámos os requisitos para um plano de ação de adesão. Trata-se, portanto, de um grande passo para garantir que a Ucrânia se torne membro da aliança”, sublinhou.
Os trabalhos retomaram pelas 9h00 locais, com uma reunião entre os 31 Estados-membros da NATO, e a participação, como convidados, da Suécia, dos parceiros do Indo-Pacífico e da União Europeia.
Com o processo de adesão da Suécia a avançar para a última etapa depois do desbloqueio do impasse imposto pela Turquia, na véspera do início da cimeira, e o esclarecimento no primeiro dia quanto a uma eventual adesão da Ucrânia, o último dia da cimeira vai abordar as “ameaças híbridas” e, em particular, a “assertividade chinesa que afecta a segurança dos aliados e seus parceiros”.
Por isso, países como o Japão, a Coreia do Sul, Nova Zelândia e a Austrália foram convidados a participar nas reuniões de hoje.
A Lituânia, país anfitrião da cimeira, aderiu à NATO em 2004, juntamente com a Bulgária, a Estónia, Letónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia, e faz fronteira com a Bielorrússia, a Letónia e o enclave russo de Kaliningrado.