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Cidade de Quelimane imunda por conta de resíduos sólidos

A cidade de Quelimane regista deficiente sistema de recolha de resíduos sólidos, facto que a torna propensa a eclosão de doenças de origem hídrica, associada à enchente de lixo. A situação está a obrigar munícipes a enveredar pela queima de resíduos sólidos  nos contentores localizados ao longo da estrada da urbe. Quelimane registou 1622 casos de diarreia nas primeiras quatro semanas deste ano, contra 1463 do período homólogo do ano passado.

O processo de recolha de resíduos sólidos tem-se mostrado deficiente na cidade de Quelimane. Em quase todas as ruas e avenidas, onde se encontra um contentor para depósito de lixo, o cenário não tem sido das melhores, não obstante algum esforço do  pessoal da Empresa Municipal de Saneamento (EMUSA), em fazer o processo de recolha com uma viatura que está quase sempre avariado, dificultando o trabalho.

No entanto, sempre que é chamado para explicar a situação, o vereador de Saneamento do Conselho Municipal, nunca se mostra disponível para falar sobre o assunto.

Em alguns casos, os pontos de depósitos de lixo estão ligados  às escolas privadas na urbe, casos como São Carlos Lwanga, Kalimany. Por causa desta situação, alguns munícipes estão a queimar o lixo nos contentores localizados nas ruas e avenidas, uma medida que visa reduzir enchentes.

As ausências do edil Manuel de Araújo tem-se revelado através de enchentes de lixo na urbe. Ou seja, basta o edil não estar, a urbe fica imunda, com lixo por quase todos os cantos. Os munícipes chamam atenção para que De Araújo cumpra o propósito de manter a cidade sempre limpa e livre de doenças como sempre prometeu, desde que chegou à presidência de Quelimane há mais de dez anos.

“Estamos numa situação complicada, as moscas estão a invadir as nossas casas. Precisamos de uma intervenção urgente no processo de recolha de resíduos sólidos, de contrário vamos ter muitas doenças aqui. Não sabemos porquê, mas o certo é que o lixo é recolhido com irregularidade. Pagamos impostos para ver a urbe limpa, mas sinto que está a faltar comprometimento de quem atribuímos responsabilidade neste sentido”, lamentou Dinho.

Uma vez que se está na época chuvosa, o receio é de eclosão, na cidade, de doenças como a cólera e a malária. As autoridades de saúde dizem que Quelimane registou, nas últimas quatro semanas, 1622 casos de diarreia contra 1463 quando comparado com o igual período do ano passado, devido a quartões de sujidade e inobservância de regras básicas de higiene individual e colectiva.

Os dados foram avançados por Aníbal Fernando, chefe de Departamento de Saúde Pública na Direcção Provincial de Saúde. A fonte fez saber que, em toda a província da Zambézia, houve registo de 7083 de casos de diarreia nas últimas quatro semanas, contra 7047 de 2022, uma redução de um ponto percentual.

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