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Os estragos do ciclone Idai não parecem ter limites! Além do desastre humanitário causado na Beira, também retraiu os estrangeiros que normalmente visitam Moçambique em tempos de Páscoa. Este ano não fugiu à regra, entretanto poucos turistas de fora elegeram Moçambique como o destino para passar este período.

Foram, no total, 69.296 passageiros que escolheram Moçambique para passar o período pascal, menos 5.560 em relação ao ano passado, equivalente a 3.34 por cento. Mas a redução registou-se no movimento de viaturas, onde houve uma redução na ordem das 21706 viaturas, correspondente a 36.37 por cento em comparação com o ano passado.

Falando, hoje, no âmbito do encerramento da Operação Páscoa, o representante, Ambrósio Ourubalo, explicou que as pessoas sentiram-se retraídas com as imagens que foram sendo publicadas no pico da tempestade. “E as pessoas que não conhecem a Beira pensam que aquilo é Moçambique e ficam com medo”.

Mas não essa não foi a única razão por que Moçambique teve menos hóspedes que o ano passado. Acontece que é um facto que os maiores visitantes de Moçambique têm sido os sul-africanos, mas este ano não vieram devido à ocorrência de Xenofobia.

“Alguns sul-africanos ficaram com medo de retaliação caso entrassem para Moçambique”, revelou o responsável explicando que, apesar disso, o nível de preparação a nível da força conjunta criada foi igual ou superior que a dos outros anos.

“Apesar desta ligeira redução do movimento de pessoas e viaturas, as forças destacadas para a operação cumpriram com as suas missões com prudência necessária a fim de assegurar a almejada facilitação na travessia das fronteiras durante a época pascal”, garantiu Ourubalo.

Um trabalho marcado, segundo aquele responsável, por insuficiência de recursos para cobrir as despesas. “Estamos cientes que a logística providenciada para esta operação foi a possível, o facto que exigiu de cada um dos funcionários e colaboradores destacados, algum sacrifício e gestão racional dos poucos recursos disponibilizados”, reconheceu Ambrósio Orubalo, dirigindo-se aos agentes da força conjunta que, uniformizados, cada um na sua corporação (Polícia de Protecção Civil, Polícia de Trânsito e Alfândegas).

A Operação foi lançada no dia 15 de Abril passado e durou duas semanas, sendo que foi encerrada quinte dias depois, em simultâneo com a Operação Bwerane, que tinha sido lançada em 2019 para a época festiva do final do ano e também contemplava o período pascal.

O Director-adjunto que em termos de receita fiscal ainda não há dados concretos, mas adianta que neste tipo de operações o foco não são as receitas e sim a facilitação de entradas e saídas de turistas.

 

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