“Declaramos guerra contra os funcionários fantasmas” – foi assim como Daniel Chapo introduziu o que chamou de Reformas de Funcionamento de Estado no seu Informe Anual. O Chefe de Estado diz que herdou uma administração caracterizada por abuso de bens públicos, concursos simulados, comissões e cobranças ilícitas para prestação de serviços públicos.
Para lidar com isso, “a acção já começou, mexendo com estruturas da administração pública com interesses instalados e hábitos enraizados, que durante anos fragilizaram a confiança dos cidadãos”, prosseguiu, argumentando estar em curso a criação da central de aquisições do Estado para eliminar subfacturação na compra de bens para o Estado.
Segundo o Presidente da República, iniciou-se o registo biométrico de funcionários e agentes do Estado para controlar a efectividade e combater os funcionários fantasmas em todos os sectores. Até aqui, “foram identificados milhares de registos suspeitos, e imediatamente interrompemos o pagamento de salários, e até hoje alguns não aparecem [para reclamar] porque não existem. O país está a mudar meus irmãos,” concluiu.
Falou de apreensão de exploração ilegal de recursos florestais com envolvimento de altos dirigentes de Estado, como “exemplos de reavaliação de sectores estratégicos” para combater a corrupção e “hoje temos plena certeza que ha mais gente temendo praticar actos de corrupção do que havia há alguns anos”, concluiu.

