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Chapo quer recursos naturais a promoverem desenvolvimento

O candidato da Frelimo, Daniel Chapo, continua a trabalhar na província de Tete. Tem comícios agendados na vila de Chitima, sede do distrito de Cahora Bassa, distrito de Magoé e na vila Autárquica de Changara, todos eles localizados no sul da província de Tete.

No comício que dirigiu em Chitima falou da sua experiência de governação desde que foi administrador distrital em Nacala-a-Velha, onde dirigiu o processo de reassentamento para dar lugar à construção da linha férrea que liga Nacala a Moatize e um porto para exportação de carvão mineral.

Chapo disse que é pelo sucesso que teve no trabalho como administrador que foi enviado a Palma, onde havia o desafio de se realizar o reassentamento para dar lugar aos mega-projectos de exploração do gás natural. Depois de isso, foi enviado a Inhambane já como Governador. 

Pelo bom trabalho que fez, Chapo gaba-se de ter sido o único governador provincial que a Frelimo manteve como candidato para o mesmo cargo, mesmo depois da introdução da eleição de governadores provinciais, facto que se deu devido ao apelo da população de Inhambane.

Daniel Chapo acredita que foi pelo seu percurso que foi escolhido pelo partido para se candidatar ao cargo de Presidente da República, pois tiveram em conta a sua experiência de governação bem sucedida. 

E esclareceu que é dessa forma que a Frelimo escolhe as pessoas para dirigir o país, tendo sempre em conta a experiência de governação anterior, pois o partido está preocupado em melhorar a qualidade de governação. 

Por conta disso, considera-se um motorista experiente, diferentemente dos outros candidatos que não têm nenhuma experiência de governação, e, por isso, não são bons motoristas, nem têm carta de condução.  Pelo que perguntou à sua audiência: “qual motorista vão escolher no dia 9 de Outubro? Os que nem sabem conduzir ou o experiente?”

Indo às promessas eleitorais, Chapo diz que a primeira acção da sua governação vai ser restaurar a paz em todo o país, porque considera os ataques terroristas em Cabo Delgado um ataque a todo o país, pelo que, deve-se restaurar a paz. 

Em segundo lugar, a grande prioridade é o desenvolvimento do capital humano, com particular atenção para os jovens que têm o emprego como uma grande preocupação. Pelo que, promete usar os recursos colectados das empresas que exploram os recursos minerais em Tete para o desenvolvimento da Província, pois os recursos não devem apenas beneficiar os distritos explorados, mas todos os outros. E com esse dinheiro deve construir-se mais estradas, escolas, hospitais, levar água potável a mais gente, energia eléctrica. 

Por outro lado, promete apostar na agricultura para que os jovens que vivem em Tete trabalhem nas grandes firmas e indústrias de processamento que deverão ser instalados nos distritos com elevado potencial agrícola. 

Outra preocupação dos jovens que Chapo quer resolver é o acesso à habitação, tendo proposto duas soluções para o efeito. A primeira é a construção de casas sociais que os jovens podem pagar em prestações por 10 ou 20 anos. E a segunda opção é a infra-estruturação de terrenos, através de  colocação de estradas, água e energia e entregar aos jovens. 

Falou ainda do apoio e financiamento ao empreendedorismo. Tal será viabilizado através da criação de um Banco de Desenvolvimento, um banco para o povo, que deverá levar dinheiro aos distritos, com taxas de juro acessíveis, para emprestar aos jovens, às mulheres e aos homens. 

O candidato da Frelimo à Presidência da República prometeu igualmente a construção de centros de formação técnico-profissional, para que jovens que não consigam continuar com os seus estudos possam ser formados para que tenham uma profissão que lhes vai permitir gerar trabalho e rendimento.

O candidato reconhece, no entanto, que tudo o que está a prometer só vai acontecer de forma eficaz se o seu governo combater certos males. Tal é o caso da corrupção que considera que é um mal que rouba ao povo, enriquecendo alguns e aprofundando a pobreza de muitos. 

Chapo quer acabar com a corrupção nas fronteiras e nas estradas, diz não fazer sentido que, em cada 5 km, a Polícia de Trânsito tenha postos de controlo para exigir documentos aos condutores. Na sua governação, diz que não quer ver mais a polícia a esconder para medir velocidade nas estradas com o objectivo de “extorquir” os automobilistas.

 

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