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“Chapeiros” em Maputo contra subsídio ao passageiro e reiteram subida do preço

Foto: O País

Os transportadores semi-colectivos dizem que não estão a favor do subsídio ao passageiro, medida anunciada, segunda-feira, pelo Governo, para evitar a paralisação de actividades. Os operadores entendem que o aumento do preço do “chapa” é a única saída para fazer face ao agravamento do custo dos combustíveis.

Após um dia de paralisação, os transportadores semi-colectivos de passageiros retomaram, timidamente, hoje, as actividades, na Cidade e Província de Maputo.

No terminal rodoviário do Zimpeto, por exemplo, apesar das filas longas que caracterizavam as primeiras horas do dia, havia transportadores que preferiram circular com as viaturas vazias, fazendo com que os passageiros aguardassem por transporte por várias horas, tal como Flora Macamo.

“Estou aqui à espera desde 05h. Há carros que estão a carregar, mas nem tanto. Pelo menos está melhor que ontem”, relatou a passageira.

A retoma das actividades acontece após o Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) ter anunciado, na segunda-feira, que vai subsidiar os passageiros carenciados, para aliviar os impactos da subida do preço dos combustíveis.

Apesar do regresso dos transportadores, Nasmudine Omar, secretário da Cooperativa dos Transportadores, explica que ainda há insatisfação: “Nós queremos uma solução única e definitiva, que consiste em dar ao transportador aquilo que é seu. Que se aumente o preço do ‘chapa’. Quando analisada a compensação que será dada, percebe-se que não sairemos beneficiados”.

António Siure, transportador, fala de altos custos operacionais: “Deviam ter pensado em nós também, porque não saímos beneficiados em nenhum aspecto. As peças dos carros estão muito caras; para combustível as contas também não saem e não ganhamos quase nada com este negócio”.

Se para os transportadores o aumento do preço do “chapa” é uma solução, os passageiros temem ver os seus bolsos cada vez mais apertados: “Tem que se buscar qualquer outra saída, porque o custo de vida está bastante sufocante”, referiu Julião Viriato.

O Ministério dos Transportes e Comunicações e a Federação dos Transportadores Rodoviários avançaram, segunda-feira, que não haverá agravamento do preço de “chapa” na região do Grande Maputo.

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