A basquetebolista moçambicana, Chanaya Pinto, diz que a menção pela FIBA-África como uma das doze atletas mais promissoras de África acresce-lhe mais responsabilidade e desafios de melhorar a cada dia.
Manter o foco e humildade, mesmo depois do reconhecimento pela FIBA-África como uma estrela em ascensão. Esta é a posição de quem olha para a sua menção como uma das atletas mais promissoras do continente como um desafio para melhorar cada vez a sua performance e elevar o seu nível competitivo.
Pinto, de resto, tem para consigo um lema: é mais fácil chegar ao topo mas extremamente difícil manter-se lá!
“Significa que, mais uma vez, o trabalho compensa e que tenho que continuar a trabalhar arduamente para conseguir alcançar tudo aquilo que almejei. Mas, para mim, o mais difícil não é chegar no topo. O mais difícil é manter-se no topo e concentrar-se naquelas coisas que nos fazem lutar até chegar ao topo”, referiu uma das 12 atletas mais promissoras de África, de acordo com um artigo publicado no sítio do órgão reitor da modalidade da bola ao cesto.
Os agradecimentos a quem, nota atleta, tem estado por detrás do seu sucesso são extensivos. E não é para menos: incansavelmente, há gente que tudo faz para que, espiritual e fisicamente, esteja muito bem.
“O que mais me palpita agora no coração é o sentimento de gratidão para com Deus. Acredito fortemente que, sem ele, nada seria possível. E, também, não vou deixar de mencionar aqui os meus treinadores, os meus pais e meus irmãos que fazem de certeza, todos os dias, uma melhor versão de mim. Mas Deus é meu alicerce e o grande vencedor desta menção”, observou a extremo.
Regressar à selecção nacional para, primeiro, ter uma melhor exposição em grandes palcos mundiais e, segundo, ajudar a mesma a atingir o olimpo de Árica, continua no topo dos objectivos. Aliás, a ausência no Afrobasket-2019 e janelas de qualificação aos Jogos Olímpicos marcaram-na negativamente.
“Eu estou numa situação complicada porque a minha época desportiva e académica começa em simultâneo com a competição FIBA. Mas eu espero que a minha escola seja compreensível e que me deixe jogar nesta grande competição. Falo de mim e de outros africanos que estamos desejosos de participar nas competições”, considerou a internacional basquetebolista moçambicana.
Enquanto isso não acontece, a prioridade é acelerar neste novo normal a que o desporto foi sujeito devido à pandemia da Covid-19, procurando a melhor forma para as provas que arrancam em Janeiro de 2021.O céu é o limite. Por isso, o sonho passa mesmo por um dia jogar na WNBA, liga profissional feminina dos EUA.
“Regressei há pouco dos EUA e, graças a Deus, não tive nenhuma complicação. Já regressei aos treinos e as actividades académicas. Infelizmente, só voltaremos a competir em Janeiro”.
E, depois de uma temporada como “rookie” no Northwest Florida State College com média de 15 pontos, 8.3 ressaltos e 2.5 assistências por jogo, qual é a meta?
Questionámos a atleta, ao que respondeu: “Para este ano, tenho expectativas extremamente positivas em termos individuais porque posso 2019 como ano de adaptação. Este ano é para juntar tudo aquilo que aprendi em 2019 assim como o aprendizado que tive com esta paragem forçada pela Covid-19. Em termos colectivos, posso assumir também firmemente que nós lançamos e controlamos melhor a bola que ano passado.
É uma equipa nova, sim, que tem que adquirir experiência. Acredito que a equipa está no bom caminho para alcançar os objectivos traçados”.