O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural garante que já foi retomada a emissão de certificados fitossanitários para a exportação do feijão bóer. Há cerca de três meses que o documento não era emitido por conta da sua falsificação.
Nos últimos tempos, levantaram-se problemas na exportação do feijão bóer para a Índia, facto que tem colocado o sector privado e o Governo em rota de colisão.
Um dos problemas registados é a falta de emissão de certificados fitossanitários, uma situação que já foi resolvida, segundo o ministro da Agricultura.
“Todos os certificados são emitidos no Ministério da Agricultura. Não existe nenhum bloqueio a nível dos certificados. O que não podemos, e corríamos esse risco, é que as empresas continuem com a emissão de certificados falsos, porque corríamos o risco de sermos banidos não só por causa de algumas culturas ou algumas empresas a nível internacional, mas este é um tema que ficou sanado já há tempo.
Celso Correia esclarece que não há bloqueio de exportação do feijão bóer para a Índia, até porque, segundo explica, foi levantado o limite das 200 mil toneladas.
“Aqueles que fazem o comércio possam exportar a sua produção, colocar a sua produção no mercado. É para isso que estamos a trabalhar, para que a gente possa ter mercados. Qualquer barreira que possa surgir deve ser desbloqueada para que a produção seja colocada no mercado. Depois temos os produtores. Estamos a acompanhar as disputas do mercado. Sabíamos que existiam limitações de cotas no mercado até ao início do ano, agora as cotas estão abertas. Então, não vemos razões para que isto esteja a acontecer, mas, naturalmente, vamos continuar a acompanhar o processo de forma a que os produtos possam chegar aos camponeses e a renda possa chegar aos camponeses.”
O governante diz ainda que a disputa por cotas na exportação do feijão bóer está a ser tratada pelo Ministério da Indústria e Comércio e pelo Instituto de Cereais.