Assinala-se esta quarta-feira o centenário do nascimento do líder da luta anti-apartheid, Nelson Mandela. O director do Instituto sul-africano para Estudos de Segurança (ISS), Jakkie Cilliers, disse que Mandela ficaria muito preocupado com a África do Sul dos dias de hoje.
"O Governo do Presidente Jacob Zuma, associado a corrupção, prejudicou bastante a África do Sul, e a coesão nacional foi afectada. Vai demorar muito até que o país recupere", afirma.
A África do Sul de hoje é vista por muitos analistas como um país em alvoroço, com uma sociedade desgastada pela corrupção, nepotismo e arbitrariedade, escreve a DW.
Cillies acrescentou ainda que, Ramaphosa era um homem de confiança de Mandela, e por isso, foi a primeira escolha do líder anti-apartheid para o suceder na presidência.
"A África do Sul tem de se voltar a unir mais. Ramaphosa tem essa possibilidade, porque é da era de Mandela, embora já tenham sido feitos muitos estragos", disse.
O director do ISS lembra que Mandela se concentrou na reconciliação de uma sociedade dividida pelo ódio racial, mas ficaram por resolver dois grandes problemas: a desigualdade social e a pobreza.