Foi lançado, na Cidade de Maputo, o livro “Casamentos Prematuros de Meninas em Moçambique”, uma obra que denuncia o aumento de uniões precoces no país e alerta para a perpetuação do problema.
De autoria de Sónia Basílio Pinto e do Padre Fonseca Kwiriwi, o livro denuncia a forma como o casamento prematuro continua a comprometer o futuro de milhares de meninas.
A obra defende que investir na rapariga e dar voz a ela é passo urgente e indispensável para mitigar os casamentos prematuros.
Os autores destacam que as soluções para reduzir ou resolver o problema que assola mais de 48% de meninas em Moçambique devem começar na família.
O lançamento do livro decorreu na última quinta-feira, em Maputo, e contou com a presença de organizações da sociedade civil e líderes religiosos.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Moçambique tem uma das taxas mais elevadas de uniões prematuras do mundo.
A nível nacional, 48% das meninas casam-se antes dos 18 anos de idade, mas na província de Nampula, o número sobe para 56%. E, surpreendentemente, 18% casam-se antes dos 15 anos, refere o UNICEF.

