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Candidato presidencial não faz parte do Comité Central  de Abril

A Frelimo convocou para os dias 5 e 6 de Abril próximo a reunião do Comité Central (CC), mas contra todas as expectativas, a eleição do candidato presidencial para as eleições gerais de 9 de Outubro não faz parte da agenda, garante o secretário-geral da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), Fernando Faustino.

“Que eu saiba, no dia 5 e 6 o Comité Central vai se reunir e já tem a sua agenda para essa reunião e por aquilo que eu sei, não consta a questão da sucessão ou candidatos presidenciais”, disse Fernando Faustino falando numa conferência de imprensa na manhã desta segunda-feira na cidade de Nampula.

A ACLLN é um braço social do partido Frelimo e tem uma grande influência nos corredores partidários e do poder por ser constituída maioritariamente por veteranos da luta anti-colonial. 

Respondendo à nossa pergunta sobre o perfil ideal para o próximo Presidente da República, a fonte respondeu sem rodeios e disse que “queremos uma pessoa que abrace Moçambique; uma pessoa capaz, uma pessoa que tenha nos seus objectivos o desenvolvimento deste país; uma pessoa que tenha a certeza de que de facto nós queremos sair da situação em que nos encontramos, das dificuldades que nós temos; portanto, uma pessoa capaz, competente, que tenha mostrado na vida cotidiana o bem-estar do povo moçambicano. Não é qualquer pessoa. E dentro dos membros da Frelimo temos vários quadros, havemos de encontrar alguém capaz de dirigir este país”. 

Não assume que haja demora na indicação do candidato, embora de Abril para Outubro faltarão seis meses, período que deve ser usado para a pré-campanha, a campanha e o próprio escrutínio do dia 9 de Outubro. 

“Penso que isso é relativo quando se diz que é demora. Demora em relação a quê? Tudo quanto é calendário, estamos a seguir, tudo o que está a acontecer neste país. Agora, a Frelimo tem que se organizar melhor, porque não é coisa fácil, temos que encontrar um candidato melhor que vá ao encontro dos anseios do povo moçambicano”.

Como ACLLN, recusa assumir alguma escolha para candidato presidencial, porque entende que quem tem esse mandato são os membros do CC e não necessariamente as organizações sociais.

A sua presença em Nampula visa oficializar o Gabinete de Preparação das Eleições que se avizinham e fá-lo na qualidade de chefe da brigada central da Frelimo de assistência à província de Nampula.

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