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Calor intenso está a causar perdas no sector avícola

Produtores de frangos para corte na província e cidade de Maputo estão a somar prejuízos devido as altas temperaturas que estão a registar-se na zona Centro e Sul do país que chegam a atingir 40 graus celsius.

Fátima Mussagy preside a Associação dos Avicultores da cidade e província de Maputo, tem as suas galinhas fora do aviário, espalhadas pelo pátio, uma estratégia que, segundo ela, visa contornar o calor intenso.

Há avicultores que chegam a registar perdas da totalidade da produção. Uma situação que fará escassear e encarecer o frango no mercado. Aliás, em alguns mercados da cidade e província de Maputo o frango de menos de 1,5kg chega a custar 280 meticais e nos mercados da cidade de Xai-Xai o frango chega a atingir 320 meticais o valor de compra.

“A perda é maior mesmo e triste porque existem avicultores que chegam a meter mil frangos e perdem 100% da produção e estamos num país em que todos os dias relatamos perdas e ninguém olha para este sector”, disse Fátima Mussagy.

A Secretária de Estado na província de Maputo, Vitória Diogo reuniu-se esta terça-feira com o sector empresarial da província onde destacou que com a redução da entrada do frango contrabandeado os produtores nacionais são desafiados a incrementar a produção para reduzir-se a importação.

“Organizámo-nos como Estado, apertámos o cerco, contra o contrabando. Semanlmente são toneladas apreendidas, fomos monitorando semanalmente a venda e a produção e frango nacional nos produtores, armazenistas e revendidores fomos vendo gradualmente a produção nacional a subir a produção local a aumentar”, disse Luísa Diogo que também chamou os produtores a adoptar técnicas inovadoras para contornar o impacto das temperaturas extremas.

Há dez anos Moçambique produzia perto de seis mil toneladas de frangos por ano, actualmente estima-se em cerca de 75 mil toneladas de frango por ano, quantidade que ainda continua a não satisfazer o mercado nacional. Havendo dependência pelo frango importado, entretanto os produtores nacionais queixam-se também dos elevados custos de produção.

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