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CAF impõe calções estreitos, temos que nos ajustar a eles

O poder do dinheiro “assentou arraiais” no futebol, mandando em tudo e todos. Desde os “crónicos” campeões na Europa e no resto do Mundo, fruto dos seus activos comprados a peso de ouro, passando pela inovação vídeo-árbitro, que pretende trazer justiça desportiva aumentando porém os espaços da polémica, para venda de mais jornais e espaços radiofónicos e televisivos.
Este intróito vem a propósito da “proposta” (alguém tem dúvida de que vai ser aprovada?) da mudança das épocas futebolísticas no Continente Africano para ajustar interesses, que poderão estar desfasados dos nossos, tendo em conta hábitos clima e tradições.

Um mal que vem por bem?

O que é vai acontecer em Moçambique? A CAF impõe-nos novos “calções”, mais estreitos e diferentes da nossa realidade a que nos teremos que adaptar.
Concretamente:
Esta época terá que ser bem mais curta, para depois iniciarmos a temporada de transição, em que, pela primeira vez e contra os hábitos instalados, vai haver futebol “a doer” no Natal e Passagem de Ano.
O que muda?
Muita coisa, se tivermos em conta que os nossos clubes não são auto-suficientes, dependendo na sua maioria dos orçamentos das empresas que os suportam, cujos balancetes, desembolsos e fechos de contas acontecem a partir de Janeiro.
Poderá ser um mal a vir por bem se, atempadamente, a sociedade entender a necessidade de reajustes. O “calcanhar de aquiles” é que o país, da base ao topo, “fecha as portas” no período festivo, finais de Dezembro e a quase totalidade de Janeiro, mantendo-se em acção apenas os serviços mínimos.
Estaremos em presença da necessidade de um acertar do passo com outros futebóis. Caso isso aconteça, seguramente que será como que um mal a vir por bem, podendo os nossos representantes sonhar com voos mais altos.
De contrário…

 

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