Cabo Delgado está longe de atingir o objectivo da Estratégia Nacional de inclusão financeira, e poderá falhar a implementação do projecto um distrito um banco, caso não consiga uma cobertura total do território com agências bancárias até 2019.
Actualmente, segundo dados do Banco de Moçambique, seis dos 17 distritos da província ainda não tem uma instituição financeira.
Nos últimos dez anos, Cabo Delgado registrou abertura de novos bancos e uma rápida expansão de agências, no entanto, actualmente, quase metade da população que vive nas zonas rurais da província, sofre de exclusão financeira, devido a fraca cobertura bancária.
A situação é considerada grave, mas tudo está a ser feito para evitar o incumprimento da Estratégia Nacional de inclusão financeira, que vai até 2022, segundo garantiu o Banco de Moçambique, durante a inauguração da primeira agência bancária instalada no distrito de Muidumbe.
Inaugurada pelo governador de Cabo Delgado, Júlio Parruque, Agência do BCI de Muidumbe, foi aberta no âmbito do projecto um distrito e um banco, e para além de contribuir na inclusão financeira espera-se que venha ajudar nas poupanças da população local, que em alguns casos era obrigada a percorrer mais de 50 quilómetros de distância para uma simples operação bancária.
Um distrito um banco, foi lançado oficialmente pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, em 2016, e prevê a cobertura de todos distritos do país com instituições financeiras até 2019, mas há cerca de um ano do fim do projecto, Cabo Delgado continua com 6 distritos sem agências bancárias.