O número de empresas registadas na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) continua aquém do desejado, daí que a instituição está focada na abertura de linhas de cooperação em vários sectores que visam a disseminação das vantagens da utilização da bolsa.
Das 100 maiores empresas nacionais, menos de 15% é que estão cotadas na Bolsa de Valores de Moçambique. O Presidente da Bolsa de Valores de Moçambique, Salim Valá, assume que ainda é fraca a utilização da bolsa para o desenvolvimento económico no país.
E para inverter este cenário, a Bolsa de Valores de Moçambique está a difundir junto das unidades económicas, o valor, a importância, as vantagens bem como a pertinência de aceder à bolsa.
Actualmente, 11 empresas estão cotadas na Bolsa de Valores de Moçambique, nomeadamente, a Cervejas de Moçambique, Ceta, Cahora Bassa, Arko Seguros, Zero Investimentos, Touch Publicidade, Arco Investimentos, Revimo, Matama, Empresa Moçambicana de Seguros e a Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos.
Os dados não são considerados satisfatórios pelo presidente da Bolsa de Valores de Moçambique.
” Nós abrimos uma linha de trabalho com o Ministério das Obras Públicas para o mercado de capitais de forma assertiva olharmos ao financiamento das infra-estruturas. Abrimos este ano uma linha de trabalho com a secretaria de estado do desporto para que os clubes que apresentam preocupações de financiamento possam usar o mecanismo que o Estado dispõe que é sociedades anonimas desportivas para financiar os clubes desportivos. Outra parceria muito forte no sentido de financiarmos os actores turísticos, estamos a trabalhar na estruturada de mecanismos para que estes possam ser cotadas e financiadas a partir da bolsa, pois o sector do turismo foi muito efectado pela pandemia da COVID-19″, explicou Salim Valá.
Esta segunda-feira, a Bolsa de Valores de Moçambique e a Bolsa de Mercadorias de Moçambique assinaram um memorando de entendimento focalizado na central de valores mobiliários para executar o certificado de depósito.