A degradação de vários troços das estradas nacionais número 12 (N12), entre Namialo e Nacala, e número um (N1), no eixo Nampula–Namialo, está a provocar acidentes de viação e avarias frequentes, sobretudo em viaturas pesadas. Face à situação, o governo da província de Nampula garante o arranque de obras de manutenção já a partir da próxima semana.
As vias em causa integram o Corredor de Nacala, considerado estratégico por assegurar a ligação do porto de Nacala a diversas regiões do Norte e Centro do país. No troço entre a cidade de Nampula e o posto administrativo de Namialo, no distrito de Meconta, parte integrante da N1, os buracos existentes representam um risco permanente para automobilistas e transportadores de mercadorias.
Recentemente, um camião sofreu um acidente nesta via. Apesar de não ter tombado diretamente devido aos buracos, tudo indica que o excesso de carga e o desequilíbrio do veículo tenham contribuído para o sinistro, num contexto de estrada já bastante degradada.
Já na N12, entre Namialo e Nacala, numa extensão aproximada de 100 quilómetros, a situação é ainda mais crítica, com buracos de grandes dimensões em vários pontos. Um camião ficou imobilizado após sofrer uma avaria provocada pelo impacto ao transitar sobre uma das crateras existentes na via.
A estrada, considerada a espinha dorsal do Norte do país, apresenta sinais evidentes de desgaste. Entre as principais causas apontadas está o excesso de carga dos camiões que circulam com elevada frequência devido à atividade do porto de Nacala, agravado pela inexistência de uma báscula para o controlo do peso das viaturas pesadas.
O governador da província de Nampula percorreu recentemente o troço entre a cidade de Nampula e Monapo, onde constatou no terreno os problemas de transitabilidade. Segundo fontes oficiais, trata-se de uma realidade já conhecida pelas autoridades e que tem sido motivo recorrente de queixas por parte dos utentes da estrada.
Para mitigar a situação, o governo provincial celebrou dois contratos de manutenção, com a duração de dois anos, avaliados em cerca de 27 milhões de meticais. As intervenções visam melhorar as condições de circulação e reduzir os riscos de acidentes ao longo destes importantes eixos rodoviários.

