Pressionada internamente, no seio do Partido Conservador, Theresa May aceitou fixar uma data para a nomeação de um substituto antes do verão.
A primeira-ministra britânica deixou claro que abandonará o cargo quando o acordo do "Brexit" passar no Parlamento, ou seja, depois da quarta votação do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, no início do mês de Junho. Determinada em conseguir resultados com o dossier do "Brexit", May concordou em deixar o lugar durante uma reunião com deputados do Comité 1922.
"Acordámos que nos voltaremos a reunir para decidir o calendário para a eleição de um novo líder do Partido Conservador assim que a votação acontecer. Será assim independentemente do resultado da votação, quer seja quer não seja aprovada a proposta de lei sobre o acordo de saída", salientou Graham Brady, líder do Comité 192, que agrupa deputados conservadores sem cargos no Governo.
Boris Johnson está pronto para entrar. O antigo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, defensor do "Brexit", mostrou-se disponível para avançar na corrida à liderança do Partido Conservador mas só depois da primeira-ministra sair ou quando for afastada.
Amber Rudd, que assumiu no passado a pasta do trabalho e das pensões, é uma possível sucessora. A par de Jeremy Hunt, ministro dos Negócios Estrangeiros, e de Sajid Javid, responsável pelos Assuntos Internos.