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Brazão Mazula critica docentes que não investigam

Nenhum docente devia dar aulas antes de uma investigação profunda sobre a matéria a leccionar. O pensamento é defendido pelo Professor Catedrático Brazão Mazula, reflectido na sua nova obra, que foi lançada, esta quarta-feira, na Cidade de Maputo.

Através da obra, Brazão Mazula criticou a falta de pesquisa na docência, mas chama atenção a necessidade de envolvimento de toda a sociedade para a qualidade da educação.

“Esta ligação triangular entre a educação, a sociedade e o homem é o maior desafio para pensar e desenvolver a educação em Moçambique, mas também uma outra relação entre a educação, a política e as empresas, pois é também impossível pensar na educação sem envolver o sector empresarial”, defende o Professor Catedrático.

A obra, de co-autoria de Brazão Mazula, José Blaunde e Nilza Chirindja, sugere que se repense a missão do professor.

“Repensar a missão significa que nós, os professores, precisamos de trabalhar com qualidade e competência, compreendendo que estamos a lidar com sujeitos epistémicos, que devem ser auxiliados por um raciocínio lógico e crítico”, defendeu Nilza Chirindja.

José Blaunde, docente universitário e director da Faculdade de Filosofia da UEM, também autor do livro, defende a necessidade de promoção de mais leitura no seio dos alunos, mas também dos docentes.

“Nós temos que chamar atenção a todos os docentes, sobretudo os universitários, pois devem colocar a investigação como a alma da sua actividade. Eles têm que ensinar aquilo que investigou. Se não investigou, não pode ensinar”, defende José Blaunde.

Para os autores, o livro pode servir de guião para o docente que quer leccionar com qualidade.

A nova obra de Brazão Mazula é fruto de pesquisas em sala de aulas e leva como título “O que ensinamos aprendendo e o que aprendemos ensinando, caminhando nas ruas e picadas da educação em Moçambique”.

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