"O aumento dos ataques e atentados suicida realizados pelo Boko Haram nos Camarões e na Nigéria causou pelo menos 381 mortos entre civis nos últimos cinco meses", informou a organização de defesa dos direitos humanos em comunicado, citada pelo Notícias ao Minuto.
De Maio a Agosto, o número de vítimas civis foi sete vezes mais elevado que nos quatro meses anteriores. Apenas no mês de Agosto, contámos 100 mortos entre civis" na Nigéria, indica a ONG.
O Presidente nigeriano Muhammadu Buhari, eleito há dois anos, colocou a luta contra o Boko Haram entre as prioridades do seu mandato.
Em Julho, o grupo matou cerca de 70 pessoas num ataque a uma coluna de prospecção de petróleo no nordeste da Nigéria. Vários atentados suicidas foram levados a cabo em Agosto na região de Konduga, a cerca de 20 quilómetros da capital do estado de Borno, Maiduguri.
Além dos ataques indiscriminados contra civis, os extremistas – em particular a facção liderada por Abubakar Shekau – concentram-se novamente naqueles que consideram informadores das forças de segurança.
O Boko Haram, que até à morte do seu fundador Mohamed Yusuf, morto pelo exército, era uma seita religiosa, tornou-se um movimento extremista perigoso, sob a liderança de Shekau em 2009.
O conflito já fez mais de 20 mil mortos desde essa data e causou mais de dois milhões de deslocados, segundo estimativas.
A amnistia lembra também que a situação humanitária é alarmante em toda a zona do Lago Chade (Níger, Nigéria, Chade e Camarões), onde sete milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar.