O Banco Nacional de Investimentos (BNI) garantiu, hoje, que os pedidos de empréstimos dos empresários da província de Sofala para financiamento à sua tesouraria vão ter tratamento especial, isto porque muitas empresas daquela província ainda se ressentem dos impactos negativos do ciclone IDAI.
Trata-se de duas linhas de financiamento à tesouraria das micro, pequenas e médias empresas, cujo fundo global é de mil milhões de meticais desembolsados directamente pelo Estado e 600 milhões de meticais através de um empréstimo obrigacionista do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Denominados Governo COVID-19 e Linha de Crédito BNI COVID-19, respectivamente, os créditos cujas taxas de juro variam de 7 a 12% têm como objectivo apoiar o sector empresarial a mitigar os efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus.
Contudo, para ter acesso a estes créditos, as micro, pequenas e médias empresas devem ter pago os impostos em dívida até 31 de Dezembro de 2019, bem como não ter dívidas não regularizadas junto à banca no mesmo período.
Apesar de o sector privado da província de Sofala considerar que estes financiamentos são um alívio para a situação já complicada de muitas empresas locais, os empresários pedem uma atenção especial às unidades económicas desta região do país que ainda não conseguiram desanuviar financeiramente todo impacto causado pelo ciclone em Março de 2019, pelo que os critérios de elegibilidade podem excluir os que mais precisam de liquidez.
Por seu turno, o BNI respondeu positivamente à preocupação dos empresários de Sofala, tendo por isso garantido que os mesmos vão merecer uma atenção especial, segundo disse Tomás Matola, PCE do BNI.
Tendo em conta que o BNI ainda não tem representação na cidade da Beira, o Conselho Empresarial da Província de Sofala e as plataformas digitais servirão de linha de contacto.