Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que o Banco de Moçambique (BM) deve minimizar os conflitos entre a estabilidade financeira e dos preços para a resistência do sistema económico. A informação foi avançada, esta sexta-feira, na abertura da 13ª edição das jornadas científicas do banco central.
A estabilidade financeira e dos preços é o centro de debate da décima terceira edição das jornadas científicas do banco central. O objectivo é incentivar a discussão e aprofundamento do conhecimento sobre os riscos macrofinanceiros.
“A existência da estabilidade financeira sob a forma de crises financeiras para resolver problemas de solvência de liquidez, por exemplo, no sistema bancário ou no sistema de empresários não- bancários tem implicações negativas sobre a capacidade dos bancos centrais e da política monetárias assegurarem a estabilidade de preços e macroeconómico”, esclareceu o vice-chefe da Divisão de Políticas Monetária e Macroprudencial do Fundo Monetário Internacional, Luís Brandão.
As jornadas Científicas do Banco de Moçambique retomam após dois anos de paralisação devido a COVID-19.
“Este tema enquadra-se no novo paradigma em que as políticas monetária e macroprudencial fazem parte das políticas de gestão macroeconómica dos bancos centrais, e uma vez que o nosso sistema financeiro não está imune aos riscos macrofinanceiros, o Banco de Moçambique inclui nas suas ferramentas de gestão macroeconómica, a política macroprudencial” explicou o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.
Para a décima terceira edição das jornadas científicas do Banco de Moçambique, cujo tema é “Interacção entre as Políticas Monetária e Macroprudencial em Moçambique” foram selecionados dois trabalhos de pesquisa, de um universo de 16.