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Black Bulls e Ferroviário da Beira em busca de um lugar na fase de grupos

A Associação Black Bulls e o Ferroviário da Beira vão procurar, este fim-de-semana, garantir um lugar na fase de grupos das competições em que estão inseridos, no caso, a liga dos campeões africanos e a Taça Nelson Mandela.

Os representantes moçambicanos nas competições africanas vão jogar a última cartada este fim-de-semana, tendo em vista garantir a qualificação para a fase de grupos. A campeão moçambicana, Associação Black Bulls, vai tentar, no sábado, no Estádio 11 de Novembro, virar o resultado desfavorável diante do Petro de Luanda, em jogo da segunda mão da Liga dos Campeões Africanos.

Após a derrota por 0-3 no jogo da primeira mão, o representante moçambicano naquela que é a mais prestigiada competição africana ao nível de clubes tem a dura missão de vencer a turma angolana acima de três golos, caso pretenda continuar no convívio dos grandes. É uma missão espinhosa, sim!

Apesar de antever dificuldades na partida deste sábado contra o representante angolano, por sinal, com um histórico incomensurável nesta competição, os “touros”, que já se refizeram da derrocada no Estádio Nacional do Zimpeto, mantêm a sagrada esperança de que é possível fazer diferente.

Na sua primeira aventura na liga dos campeões africanos, a Black Bulls entende que uma possível qualificação para a fase de grupos pode servir como um elemento catalisador para esta formação.

Face a essa pretensão, o treinador português ao serviço do campeão moçambicano, Inácio Soares, incidiu a preparação da sua equipa em todos os aspectos, sobretudo naqueles que julga que falharam no jogo da primeira mão, como é o caso das transições defesa–meio-campo e meio-campo–ataque.

Acima de tudo, Inácio tem estado a dedicar o seu trabalho na recuperação psicológica dos jogadores, fazendo-lhes acreditar que a derrota no jogo da primeira mão foi um acidente de percurso e que, por isso mesmo, da mesma forma que os “tricolores” ganharam em Maputo, eles também podem obter um resultado positivo em Luanda.

O representante moçambicano parte, deste modo, para a derradeira partida com a convicção de que, com muito trabalho assente na competência técnico-táctica e determinação, é possível virar a eliminatória.

Para Inácio Soares, o futebol não é uma ciência exacta, daí que é preciso acreditar na vitória, desde que se faça um trabalho árduo. A Black Bulls vai àquele país, banhado pelo Oceano Atlântico, com a mesma estrutura com que esteve no jogo da primeira mão.

FER. BEIRA COM MEIO CAMINHO ANDADO

O Ferroviário da Beira, representante moçambicano na Taça Nelson Mandela, vai, também, jogar a última cartada de acesso à fase de grupos.

Os “locomotivas” da Beira têm um caminho meio andado para conseguirem esse desiderato, atendendo que, no jogo da primeira mão, venceu o As Santé d’Abéché, partida que teve lugar no Estádio Yaounde Ahmadou Ahidjo, casa emprestada ao representante chadiano.

O representante moçambicano nesta competição suplantou a turma chadiana, por 2-1, com os dois golos a serem apontados por Jafete e Pepo. O resultado alcançado no jogo da primeira mão fora de portas faz com que o Ferroviário da Beira acalente esperanças de marcar presença na fase de grupos.

Teoria à parte, a verdade é que os “locomotivas” da Beira precisam de vencer a partida, ainda que um empate com qualquer número de golos seja suficiente para garantir a qualificação. É, aliás, o espírito de vitória que o treinador zambiano Wedson Nyirenda tem incutido nos seus jogadores.

Para evitar qualquer surpresa, o representante moçambicano trabalha ao detalhe, mormente no que diz respeito aos processos defensivos. O Ferroviário da Beira, equipa que já com alguma tarimba nas competições sob égide da Confederação Africana de Futebol (CAF), realizou as suas primeiras sessões de treino num dos campos anexos ao Complexo de Tchumene, propriedade da Associação Black Bulls.

Com todo o “esquadrão” à sua disposição, o técnico zambiano não tem dúvida de que é possível qualificar a sua equipa para a fase de grupos da competição. Para tal, entende que os seus jogadores devem estar concentrados, encarando o adversário com muito respeito, pois tem as suas valências.

O Ferroviário da Beira realizou, esta quinta-feira, a primeira sessão no Estádio Nacional do Zimpeto, palco que vai acolher o jogo diante do representante do Chade, no domingo. Os treinos serviram para reconhecer o piso, assim como se familiarizar-se com o estádio.

A direcção dos “locomotivas” de Chiveve fixou o preço único de 50 Meticais para o ingresso, à semelhança do que a Associação Black Bulls fez no jogo contra o Petro de Luanda.

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