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Bispos católicos apelam ao voto em pessoas capazes de governar

Foto: Jornal Domingo

A Conferência Episcopal de Moçambique chama a atenção aos moçambicanos para que votem, nas eleições autárquicas de 11 de Outubro, em pessoas efectivamente capazes de governar os municípios. A instituição apela ainda aos órgãos eleitorais para assegurarem um apuramento sério e justo dos resultados, após o acto da votação.

A um mês do arranque da campanha eleitoral, em Moçambique, para as sextas eleições autárquicas, a Conferência Episcopal de Moçambique lembra aos partidos políticos, aos seus apoiantes e à população em geral sobre a necessidade de se garantir que todos os participantes do processo tenham um comportamento adequado e responsável antes, durante e depois do escrutínio.

Em uma nota pastoral, com oito pontos, os bispos católicos de Moçambique falaram de tudo um pouco. A Conferência defende que o voto deve ser consciente.

Segundo o organismo, nas eleições autárquicas, como em qualquer parte do mundo, a escolha é mais relativa às pessoas, sua competência e seus valores morais e cívicos, do que propriamente sobre ideologias. Trata-se, segundo o documento, de escolher pessoas capazes para a missão de guiar os nossos municípios.

A entidade lembra que, ciclicamente, os processos eleitorais têm sido uma ameaça à paz, daí que exorta uma participação política responsável de todos. Pede respeito pela diferença, defendendo a ideia de que ninguém deve considerar quem pensa diferente, seu inimigo.

Os pastores exortam os órgãos eleitorais a exercerem bem o seu papel, de modo a assegurar que, tanto a votação do próximo dia 11 de Outubro, como o apuramento dos resultados sejam transparentes e que se actue com seriedade e eficácia, de modo a que permitam uma justa observação e fiscalização da votação, apuramento e validação dos seus resultados.

A exortação estende-se às Forças de Defesa e Segurança, que são instadas a proteger o cidadão, independentemente da sua filiação partidária, zelando pela manutenção da lei e da ordem, sem extremismos, não intimidando, nem favorecendo a ninguém, antes, nem durante muito menos depois do escrutínio.

Na sua abordagem, a Conferência Episcopal de Moçambique pede participação de todos os cidadãos em condições de votar, sobretudo dos jovens, sugerindo que a abstenção é uma decisão negativa e que seria abdicar de um direito intransmissível.

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