O bastonário da Ordem dos Arquitectos diz que é preciso que se reorganizem os bairros informais para reduzir o impacto das inundações urbanas. Luís Lage lembra que 80% da população nas cidades está em bairros sem projectos de urbanização e altamente vulneráveis.
Está cada vez mais difícil a convivência entre o Homem e a natureza, com o aumento da frequência de eventos extremos como ciclones, cheias, secas e sismos, mas, para além desses fenómenos naturais, há uma grande contribuição do comportamento humano em Moçambique. O bastonário da Ordem dos Arquitectos tem como uma das áreas de pesquisa os assentamentos humanos.
80% da população que está nas zonas urbanas no país vive em bairros sem projectos de urbanização, ou seja, locais onde a ocupação do solo é irregular.
Moçambique ocupa a 10ª posição quando se olha para locais mais expostos ao impacto das mudanças climáticas no mundo, por isso o especialista Luís Lage sugere uma série de medidas que devem ser adoptadas no âmbito da resiliência aos desastres naturais.
Luís Lage é arquitecto há cerca de 30 anos, com a participação em estudos de projectos urbanos. Foi convidado para a aula inaugural que marca o início do ano lectivo 2023 na Universidade Lúrio, em Nampula.