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Banco Mundial investe na reparação de estradas não classificadas na Zambézia

As dificuldades de transitabilidade nas estradas não classificadas na Zambézia serão ultrapassadas, a partir deste ano. O Banco Mundial desembolsou 3.5 mil milhões de meticais para a reparação dessas vias de acesso nos distritos da Maganja da Costa, Mocubela, Pebane, Chinde, Luabo e Morrumbala.

Com o financiamento, de acordo com o director provincial das Obras Públicas e Habitação na Zambézia, Fernando Maíngue, serão intervencionados 664 quilómetros de estradas.

Com o valor disponibilizado pelo Banco Mundial serão abrangidas também vias que estão sob alçada da Administração Nacional de Estradas (ANE) e as que estão na rede viária sob gestão dos distritos acima mencionados, disse Fernando Maíngue.

Paralelamente àquele investimento, o Programa de Mercados Rurais (PROMER) vai investir 50 milhões de meticais para intervenções pontuais em algumas estradas dos distritos de Alto-Molócuè e Gurúè, onde as obras vão iniciar ainda este ano.

O governador da Zambézia, Pio Matos, fez saber que, através dos recursos localmente disponíveis, alguns trabalhos já decorrem para minimizar o sofrimento dos produtores.

VIAS DEGRADAS COMPROMETEM ESCOAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

Um total de 1.600 quilómetros de estradas, das quais não classificadas, está a comprometer o escoamento de produtos agrícolas para o mercado na província da Zambézia.

Dados fornecidos pela Direcção Provincial da Indústria e Comércio na Zambézia indicam que a província planificou, este ano, comercializar pouco mais de três milhões de toneladas de produtos agrícolas diversos.

No entanto, por causa de problemas que as vias de acesso apresentam o processo de escoamento de produtos agrícolas para os mercados está a ser feito de forma condicionada.

Falando a jornalistas, depois de visitar um campo de seis hectares de hortícolas, no distrito da Maganja da Costa, a directora provincial do sector, Vera Godinho, explicou que já foram vendidos pelo menos um milhão e meio de produtos diversos.

“Neste momento está a decorrer a campanha de comercialização de feijão bóer” na Zambézia, disse a dirigente, garantindo que até ao fim deste mês a província já terá uma ideia global do que será comercializado.

“Nós propusemos comercializar, no presente ano, cerca de três milhões de toneladas de produtos agrícolas diversos. Pelas nossas contas, já estamos acima de 40% da meta global”, esclareceu a interlocutora, admitindo que a degradação das vias de acesso é séria na Zambézia e compromete o escoamento de produtos agrícolas para mercados da província.

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