Niassa, Nampula, Zambézia, Cabo Delgado e Sofala são as províncias escolhidas pelo Banco Mundial para beneficiarem de USD 82 milhões, em projectos de electrificação.
O projeto beneficiará igualmente do financiamento providenciado por um mecanismo multi-doador de fundos fiduciários, administrado pelo Banco Mundial, no valor de USD 66 milhões.
Este tipo de fundos têm potencial para beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas, sendo que o valor será utilizado na implementação do projecto de acesso universal de energia, promovido pelo Governo, conhecido como ProEnergia.
“A relação entre pobreza e a falta de acesso à electricidade está estabelecida há bastante tempo”, observou Mark Lundell, director do Banco Mundial para Moçambique.
Acrescentando, que “este projecto faz parte da abordagem multifacetada à redução da pobreza através da expansão do acesso à energia em Moçambique”, onde cerca de 70% dos moçambicanos não têm acesso à electricidade, uma taxa inferior à média da África Subsaariana.
“Vamos procurar aproveitar as economias de escala na infra-estrutura da rede existente”, salientou Zayra Romo, líder da equipe do projecto pelo Banco Mundial. Embora a rede existente alcance todos os 154 distritos do país, um número significativo de domicílios e empresas ainda não está conectado à rede.
Este projecto utilizará a infra-estrutura existente para construir redes de distribuição adicionais, conectando novos utentes. O projecto irá igualmente lançar de forma piloto um novo modelo de negócios para promover o desenvolvimento de soluções de energia fora da rede.
“Estima-se que 272 mil novos clientes receberão serviços de electricidade como resultado deste projecto, representando cerca de 1,45 milhão de pessoas, das quais 74% estão em áreas rurais”, refere o Banco Mundial.
Esta operação faz parte de um esforço coordenado pela comunidade de doadores para implementar a Estratégia Nacional de Electrificação e está em total alinhamento com a estratégia actual do Banco Mundial para o período 2017-21 para Moçambique, conhecida como CPF, na sua sigla em Inglês.
O projecto apoia a implementação das principais prioridades da estratégia, tais como a promoção do crescimento diversificado e maior produtividade, investimento em capital humano.
O projecto contribuirá ainda para as questões transversais da estratégia, como o gênero e as mudanças climáticas. Ao apoiar o acesso a mini-redes de energias renováveis e de baixas emissões, o projecto contribuirá para reduzir a exposição de mulheres e crianças à poluição do ar em ambientes fechados, entre outros benefícios.