Depois de um painel que teve como centro de discussão questões ligadas a “um futuro de oportunidade, igualdade e equidade”, seguiu-se ao momento de reflectir sobre “Políticas públicas para promover habitação para os jovens”, no Mozefo Young Leaders. O mesmo eixo teve como protagonista o responsável máximo pelo Fundo para o Fomento de Habitação.
Zefanias Chitsungo, PCA do Fundo para o Fomento de Habitação, defendeu que a auto-construção é uma solução indispensável para a problemática da habitação que afecta a maior parte dos jovens do nosso país. Essa proposta surge pois as casas que foram nacionalizadas após a independência não são suficientes para a camada juvenil nacional. Chitsungo afirmou, outrossim, que a promoção de habitação nas zonas rurais, produção de materiais de construção e desenvolvimento de tecnologias, fonte de recursos e financiamentos, desenvolvimento institucional, constituem algumas estratégias para minimizar a questão da habitação.
E porque o problema de habitação não pode ser resolvido pelo Governo, Chitsungo apontou como tarefas dos jovens: “hábitos de poupanças, autoconstrução, geração de renda, auto-emprego, associativismo, participação e inovação”.
O Governo, face a esta problemática pode, segundo o PCA do FFH, apostar no investimento público, incentivar o sector privado, estimular o associativismo na habitação social, diversificar as fontes de financiamentos, estimular as iniciativas juvenis de construção e tecnologias baseadas em materiais locais.
Segundo Chitsungo, para falar de habitação é preciso sempre falar do histórico que o país atravessou: das habitações que eram propriedades dos colonos e que posteriormente foram nacionalizadas.