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Atraso do calendário eleitoral deve-se à aceitação tardia da candidatura da RD

Fotos: O País

As listas definitivas dos partidos e seus candidatos, que vão participar nas eleições gerais, legislativas e de governos provinciais, de 09 de Outubro, já deveriam ser públicas. A Comissão Nacional de Eleições diz que o atraso do calendário eleitoral se deve à aceitação tardia da candidatura do partido Revolução Democrática.

Depois da recusa da candidatura do partido Revolução Democrática, para deputados da Assembleia da República, devido a um “suposto atraso”, só quarta-feira o Conselho Constitucional deliberou a aceitação da candidatura pela Comissão Nacional de Eleições.

No entanto, neste momento, Paulo Cuinica disse que a CNE vai proceder à análise das listas do partido, contudo considera que este evento tem um impacto “perverso” no calendário eleitoral.

“A recepção e análise das candidaturas do partido RD teve um impacto perverso nos prazos do calendário de sufrágio eleitoral de 09 de Outubro e a RD fez a entrega só no dia 05 de Julho, pelo que isso implica que as listas de candidaturas devem ser cruzadas com as demais listas que já se encontram na CNE.”

Questionado sobre as recentes acusações da coligação que sustenta a candidatura do candidato presidencial Venâncio Mondlane, a CNE diz que a reclamação é legítima à luz dos direitos constitucionais e que os trabalhos estão a decorrer para a divulgação das listas definitivas na próxima quarta-feira.

“Nós estamos a trabalhar com todas as candidaturas, incluindo a CAD, e os pronunciamentos da CAD são da sua responsabilidade. Nós continuamos a realizar as nossas actividades para que, em breve, possamos anunciar as listas aceites e as rejeitadas.”

Sobre a província de Cabo Delgado, que têm sido alvo de ataques terroristas, Paulo Cuinica garantiu que, independentemente da situação, as eleições serão realizadas.

“Em Cabo Delgado, vamos trabalhar dentro das condições que forem criadas nessa altura. A situação de Cabo Delgado não depende dos órgãos eleitorais, depende das Forças de Defesa e Segurança. Quando garantirem que as condições estão todas criadas, nós vamos realizar a eleição.”

Apesar de o porta-voz ter revelado alguns problemas no sistema de cruzamento de informações sobre as candidaturas, disse que o trabalho está em 90% e que está também a trabalhar com o Ministério das Finanças para resolver o défice dos membros das mesas de Voto.

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