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Ataques terroristas causam 29 mortes em Cabo Delgado

Pelo menos 29 pessoas morreram e outras 208 mil foram afectadas, em Julho, pelos ataques terroristas na província de Cabo Delgado.  Os dados constam do relatório das Nações Unidas, sobre a situação mensal do extremismo naquela província.

No mês passado, a situação de segurança em Cabo Delgado permaneceu altamente volátil, conclui o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários que faz a analise mensal do terrorismo na província.

Segundo o relatório, em Julho, os ataques terroristas que  tiveram maior incidência nos distritos de  Chiúre, Macomia, Ancuabe e Muidumbe, resultaram na morte de pelo menos 29 pessoas.

O documento aponta que houve também 69 sequestros, com pedidos de resgate entre 10.000 a 300 mil Meticais.

“O número de incidentes registados aumentou de 72 em Junho para 82 em Julho. Uma mudança significativa, também, foi observada na distribuição geográfica da violência, que se expandiu para o sul, para Ancuabe, Chiúre (Cabo Delgado) e Eráti (Nampula)”, adianta a fonte.

Com a situação, estima-se que 208.122 civis tenham sido afectados e  56.215 pessoas tenham-se deslocado e instalado em dois novos acampamentos em Macomia-Sede, somando-se agora, seis, os acampamentos para deslocados internos, naquele ponto.

A agência da ONU avança ainda que os conflitos entre os Grupos Nacionais de Apoio e as Forças de Defesa e Segurança, incluindo a força local, intensificaram-se em Chiúre, no litoral de Macomia e em Muidumbe.

“No dia 29 de Julho, antes de deixar a aldeia de Pangane (Mucojo), os grupos armados colocaram bandeiras do Estado Islâmico nas entradas da aldeia. No dia 12 de Julho, atacaram e saquearam uma ‘minivan’ de passageiros e um camião de carga perto de Xitaxi (Muidumbe). Pelo menos nove incidentes semelhantes foram relatados durante o mês.”

Em resposta às “crescentes ameaças”, a polícia retomou as escoltas armadas entre a sede de Macomia e a localidade de Oasse, em Mocímboa da Praia, para garantir o acesso humanitário, contudo, “atrasos administrativos” continuam a dificultar as operações humanitárias, acrescentou o Escritório das Nações Unidas.

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